Sinto-me furiosamente mansa. Sei que não parece uma conjugação correcta de ambas as palavras. Mas é assim que me sinto. Começo a aceitar que não terei tudo o que amo. Já aceitei como facto previsto que não terei tudo o que amo ou pretendo amar. Que todo este amor furioso que me enche a alma, a vida, o corpo e a mente se perderão algures numa terra árida, num caminho para o qual apenas eu conhecerei as indicações. E em todas as curvas e derrapagens, alucinações e regressos, solidões e fingimentos acabarei por me perder de tudo o que apenas tive em mim, puro e em marfim. A tua imagem. A do amor mais puro que trago em mim.
03.12.2006
03.12.2006
1 comentário:
Kika, nem sempre podemos ter aquilo que amamos. EMas podemos amar o que temos. Por completo. Mas nem sempre o que se tem nos completa por completo...
...tu tens sorte... eu tenho, mas a tenho toda, ainda...
Beijos.
I.
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