As fadas não usam batôn
Vamos conversar... conversar muito até as palavras nos faltarem, até o dia nascer e a tua memória se desvanecer do meu corpo e da minha lembrança.
31 dezembro 2013
12 dezembro 2013
ESTA NOITE
Setúbal, 13 de Dezembro de 2013
Espero esta noite por ti. Mais um par de horas em que te vou aguardar, de olhos semicerrados à espera das tuas mãos, da tua língua, do teu corpo enrolado ao meu no acto simples de fazer amor, conjugado com o silêncio forçado das palavras murmuradas e esmagadas dentro das nossas bocas.
Esta noite vou fazer em ti o ninho do meu amor e deixar crescer em nós o amor que nos tem faltado nos dias e nas noites.
Hoje vou ser tua, como tu tens sido meu nas noites em que não estou.
Nós, no nosso tempo, sem tempo no tempo dos outros
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24 junho 2011
BEBUCAS 3 / O BEBÉ / 1 ANO
O Bernardo é um bebé. Calmo. Doce. Meigo. Que se dá com toda a gente. Vai ao colo de todos. Sorri para todos. Agora tem tido uma graças menos engraçadas, como dar chapadas a torto e a direito, aos Pais, aos Manos e a quem calha.
Finge que chora quando ralhamos com ele, tapa os olhos e deita-se no chão. Depois ri com a gracinha.
Come muito bem na casa da sua ama. Em casa tem dias. Umas vezes sim, outras é mesmo quase só a mama da mãe de que ele tanto gosta.
Já tem 6 dentes e desconfio que lá vem algum dente maior, pois a baba tem sido um bocadinho mais - nada por aí além (não tem sido um bebé babão) e morde tudo o que consegue enfiar dentro da boca e for molinho.
Continua a ter um bigodinho por cima do lábio superior que já não vai desaparecer. É um angioma plano e às vezes disfarça, quase nem se nota, outras é indiscutivel que tem um bigodaço vermelho.
É preguiçoso para andar pois é rápido como um raio a gatinhar. Já vai ensaiando uns passinhos, mas nada por aí além.
Diz algumas palavras quando lhe apetece:
Iii - Ivo
Eiei - Gerinho
mamama - quero crer que sou eu
papapa - quer crer que é o Pai
Ana - Ama (que se chama Ana) mas que só diz quando quer
piu - pombo
e depois um monte palavras numa qualquer liguagem oriental que ninguém percebe.
Já canta (sem ninguém perceber a música) e dança, em pé abana o corpo todo, quando está sentado abana a cabeça de tal forma que poderia até dizer que virá a ser um heavy metal da pesada.
Adora música. Tem uma especial predilecção pela música "price tag", não sei de quem, mas que mal ouve, começa a abanar-se.
Bate palminhas, faz põe-põe galinha o ovo, dá turrinhas, dá cinco, faz adeus, atira beijinhos, às vezes com barulho outras sem barulho, faz o índio. Faz cara de zangado, cara de espanto, cara de triste e mostra os dentes.
Imita-nos a falar ao telefone. Põe-no no pescoço.
Já sabe descer da cama. Sobe e desce do sofá.
Os irmãos parece que estão a ensinar um cão. Faz isto, faz aquilo. A criança fica doida.
Adora água. Enquanto o Pai prepara o banho, é ele que lho dá habitualmente, o bebucas tenta subir para a banheira.
Ri muito.
Não gosta de estar preso na cadeira de papa, na cadeira do carro e consegue virar-se com a espreguiçadeira às costas e vai ter com os irmãos ao quarto. Parece uma tartaruga.
Já partiu um braço ao menino Jesus da Avó Adelaide (que estava colado) e arrancou uma cabeça de uma moldura de prata dos irmãos. Acha imensa graça atirar tudo o que está na banca de cabeceira para o chão.
IVOCAS / BEBUCAS 2 / 11 ANOS
GEROCAS / BEBUCAS 3/ 13 ANOS
BEBUCAS 3
O Bernardo já fala ao telefone. Claro que o faz por imitação, tanto mais que põe o telefone no pescoço... mas já percebeu a engrenagem da coisa. Mas, por estranho que pareça, não acha graça nenhuma quando estamos ao telefone e tenta atirá-lo ao chão... É como quem diz, estou a aqui e estás a falar com outro. Toma lá uma sapatada...
Está lindo o meu bebucas, não está?
Setúbal, 24 de Junho de 2011
30 maio 2011
PARABÉNS A VOCÊ....
O Bebucas 3 fez um ano. Passou a correr. No outro dia era um bebé pequenino, que não dava quase trabalho nenhum, hoje está um reguila; Dança, gatinha, ensaia os primeiros passos, tem 6 dentes, grita, bate palmas, finge que chora, adora o banho - tenta subir para a banheira quando o Pai prepara a água na sua banheira - e come de tudo.
Um muito obrigada a todos.
29 maio 2011
MIRANDO DO CORVO
2º COMBATE
Os nervos são muitos.
Custa muito.
Temos pena do outro atleta, mas queremos o melhor para o nosso bebé 2.
O coração parece que vai saltar do peito, descer a bancada e vai lá ao tatami bater em todos também....
AQUECIMENTO
Aquecimento do 2º combate... Pai treme, Mãe tremelica, Gerocas torce as mãos e tem palpitações, Bebucas grita desalmado e bate palmas!
19 maio 2011
Toda a minha vida girava à tua volta.
Não respirava sem ti. Não vivia sem ti. Não sonhava sem ti. Não pensava sem ti. Não funcionava sem ti. Era de ti que vivia.
De repente descobri o mundo para lá de ti. E deixaste de ter a importância que só eu te atribuí, durante anos. Dias e dias a fio, a respirar com dificuldade, julgando que não poderia viver sem ti, com a certeza absoluta que as finas linhas que nos ligavam se rasgariam no momento em que tirasse os olhos de ti, em que tirasse o pensamento de ti, como se fosse eu que te forçaria a estar ligado a mim.
Mas não. Pelo contrário. Era eu que me forçava a estar ligada a ti. Obrigando-me a não viver, a não respirar, a não sorrir, amedrontada de não te ter. Mas, por isso mesmo, nunca te tive. E foi assim que um dia me dei conta do imenso vazio que trazia no teu lugar, completamente vago ao meu lado. Eras feito de uma matéria refractária, a que nem os sonhos querem pertencer.
E assim, um dia ao acordar, olhei para a janela e vi um sol esplendoroso e achei que deveria respirar. Olhar à volta, aproveitar aquela luz maravilhosa que enchia o céu naquele dia, encher os pulmões do ar que não era rarefeito, finalmente – eu é que o fazia – e voltar a viver.
Apeteceu-me sorrir.
E voltei a sorrir. Assim, subitamente.
E, quando olhei para o lugar ao meu lado, que era o teu e que afinal esteve sempre vazio, vi que uma chama o enchia de uma luminosidade fantástica. E aquele lugar vazio agora não seria difícil de arrastar comigo.
E foi assim o princípio do nosso fim. Do fim da tristeza que me enchia os dias e as horas da falta que te sentia e do vazio que não aceitava e que foi a única coisa que me deixaste a encher a vida depois da tua ausência que foste sempre em mim. Mesmo quando estavas comigo.
Setúbal, 19 de Maio de 2011
29 abril 2011
26 abril 2011
DIA - A - DIA
Fazemos quase tudo em modo automático. Mentira. Mas não faltará tudo para lá chegar. Durante a noite juro que dou de mamar em modo automático, consigo dormir com a cabeça pendurada ou durmo com a cabeça apoiada no braço ou mesmo com a cabeceira da cama - de madeira - a fazer de almofada.
Também juro que toda a minha coluna parece uma estrada de serra (das mais antigas que possam imaginar - começando cá em cima na cervical, estaríamos completamente cobertos de vómito no cócix).
Então vamos lá:
1. O marido descobriu as delícias de dormir cedo; Está de tal forma apostado em recuperar o tempo perdido, que ontem adormeceu às 20h e acordou hoje às 7h30, com o despertador Mulher / Mãe aos gritos. Sim, porque a mulher perfeita, moi, também grita. Podem perguntar à minha vizinha de baixo.
Faz trabalhos menores - como arrumar a loiça da máquina, que ninguém vê, por isso é sempre acusado de não fazer nada.
Adora o sofá e adormece, inevitavelmente, quando vai adormecer o Bebucas 3.
2. Filho quase grande: muito amuado pois foi obrigado a ir ao ATL durante todas as férias (mentirinha... foram 6 dias - mas para ele foi o fim do mundo). A mãe castradora foi má e como ele teve notas medíocres - 4 a Educação Física, 2 a Visual e 3 às restantes disciplinas - castiguei-o. Não há férias. Trabalho, muito trabalho e nada de vara larga na Comporta.
Fui rotulada de MÁ.
Não faz mal filho, mas acho que não me virás agradecer, uma vez que não tens nenhuma disciplina que seja apenas jogar à bola.
Toma conta do irmão pequeno que é uma maravilha e faz uns ovos mexidos que é uma maravilha.
Também faz uns hamburgueres maravilhosos, daqueles verdadeiramente junk food, que é só aquecer 1 minuto no micro-ondas e me têm salvo os imensos dias em que não me apetece cozinhar (uns dias hamburguer, outro pizza e sei lá o quê mais - sou MÁ).
às vezes estupidifica mas faz parte da idade.
Caíu e ia partindo a boca. Não partiu, mas à conta disso descobrimos que têm um dente escondido a estragar os outros - e ainda dizem que não há males que vêm por bem?
Marca golos - alguns - dá erros sofríveis a português, que fazem doer a alma à calçada, mas está giro. Também dá respostas que seriam dispensáveis e habilita-se a levar uma lambada de vez em quando, mas julgo que faz parte da idade.
Continuo a dizer - baixinho - que em comparação com os colegas é um doce.
3. O filho quase grande, com a mania que vai ser bebé para sempre a coisa não anda muito diferente. Fala tão depressa que não percebo metade daquilo que diz, por isso as nossas conversas enlouquecem qualquer um; Repetições até à exaustão ou então acabamos por nos calarmos (eu - porque ele não desiste).
Quando leva um arreganho vai a correr fazer as coisas: às 23h decidiu ir levantar a mesa. Mais vale tarde que nunca, não é?
Faz os lanches para o mano que se aproveita dele.
Toma conta do Bebucas mas desconfio que o faz ficar meio maluco com os saltos que dá com ele.
Não cozinha. Mas arruma a roupa.
É esforçado na escola e teve 2 a Música - o professor acha que ele tocaria melhor flauta com os pés - a EVT e a Português (o que não percebi - pois os testes são dúbios; Insuficiente - Escrita / Suficiente - Leitura - quem me explica estes testes????). Teve 4 a Educação Física e a Moral (não percebo como - uma vez que ele mete as maões pelos pés quando me vai contar a estória do Menino Jesus). 3 às restantes disciplinas.
Não foi nada fantástico, mas como sei que é um aluno super esforçado e com algumas lacunas, fiquei muito contente e até acho que alguns professores lhe deveriam ter dado a nota que iria fazê-lo trabalhar um pouco mais. Mas eles é que sabem. Eu sou a MÁ. Por isso, levou as férias a caminhar para o ATL, choramingando as dores do mano que não queria ir. Para ele está quase sempre tudo bem.
Fala que se desbarata. Come quase mal. Faz sumo aguado. Fala bem inglês (aprende com os Simpson e Family Guy). Continua no kick e prepara a ida ao Nacional (eu ainda ando a cozer se irá ou não).
Está bom e recomenda-se.
3. Filho bebé, é um bebucas, é um doce de menino com laivos de mimado. Come de tudo e bem na ama - outro amor na minha vida - mas em casa só está pendurado na mama, dando-se até ao luxo de bolçar e voltar a mamar; resultado: o tapete da sala está às bolinhas. Dorme bem se tiver a mama por perto e temos um acordo: ele deixa-me dormir e eu deixo-o mamar. Não usa chucha - para quê uma coisa de plástico se tem uma que deita leite? Com a mãe come mal quase tudo, sopas, papas, à excepção de iogurtes que ele adora.
Brinca muito sozinho, mas adora companhia. Adora desmontar brinquedos empilháveis (atirá-los ao chão será a melhor descrição) e apanhar migalhas do chão. Também come muito papel.
Já luta contra o sono mas não se safa com pais dorminhocos, ele ri-se e nós ressonamos. Já os irmãos não o podem ouvir ressonar que se levantam para ver o que tem ele.
Dá-se bem com toda a gente, é sorridente e parece-me muito feliz. Adora colo, outras crianças, ri-se muito para os irmãos.
Faz adeus, chama a ele, faz o põe, põe galinha o ovo e dá turrinhas - mas quase sempre só quando quer.
Não me parece dizer nada, embora associe o som nana aos irmãos e ãe a mim. Mas pode ser só sugestão.
Faz umas festas de mão fechada que nos fazem ver estrelas e dá beijos de boca aberta. Também morde, em especial quando quero tirar-lhe a mama da boca para me virar para outro lado.
Já me despe (salvo seja) quando quer a mama e até no banho mama.
Está óptimo. Não é gordo, mas tem umas regueifas agradáveis nas pernas.
Já bebe leite de vaca, de biberon, do meu e já comeu praticamente de tudo.
Tem 11 meses, praticamente.
Estamos bem.
Sem tempo.
Mas bem.
15 março 2011
10 fevereiro 2011
Ivo: 11 anos:
É chato. Muito chato. Fala - muito mais do que eu. Cansa até à medula. Faz as asneiras mais descabidas e se houvesse, ganharia o prémio de maior número de asneiras cometidas em menos tempo possível.
Faz de conta que não houve quando preciso de ajuda e calha-lhe sempre a ele despejar o balde.
Mas, entre toda a maluqice dele é:
Um menino muito esforçado.
No ATL quando a monitora sai, ficam todos doidos e ele continua a trabalhar, pois quer ser um aluno melhor.
É um doido por desenhos animados como os Simpsons e Family Guy, os quais não acho gande piada.
É preciso incentivo para tudo: Ivo vai tomar bnho. Ivo arruma a mochila. Ivo, despacha-te a comer.
Mas, ajuda muito o irmão; faz-lhe a cama, muitas vezes sem ele lho pedir, arruma-lhe as botas e os sapatos, põe a mochila dele no sítio e faz-lhe quase todos os dias os lanches.
É meigo, beijoqueiro e diz as coisas mais disparatadas mas doces e lindas.
Troca as palavras e inventa-as. É de morrer a rir com ele por perto, pois é um palhaço que adora fazer rir à volta dele. É isso ou morrer de dor de cabeça porque não se cala!
GERINHO - 13 ANOS
8 MESES
Bernardo, 8 meses e uma semana:
Já levanto o rabo, quase quase a gatinhar.
Já tenho dois dentes.
Já tive duas constipações, uma otite e uma infecção bacteriana.
Palro muito, quase sempre.
Reajo bem às vacinas, como bem sopa de peixe e de carne.
Já introduzi praticamente todos os legumes, gosto muito de sopa de aipo.
Como perú, frango, coelho e borrego.
Adoro peito de frango, assim, dado à boca em pedacinhos pequeninos.
Já como massinhas e arroz na sopa.
Adoro fruta, em especial maçã com banana.
Sou guloso com iogurtes - qualquer um.
Já me sentei sozinho esta noite na cama.
Gatinho para trás, às vezes.
Para apanhar alguma coisa que quero, parece que estou a fazer entre uma espécie de natação de bruços e mariposa...
Acordo por volta das 7h, mamo (mama da minha Mãe) vou para a minha super Ama e faço uma sestinha a meio da manhã, como um iogurte, almoço, brinco, volto a dormir, lancho, brinco outra vez, às vezes faço uma sestinha ao final do dia, no carro, enquanto a mamã leva os manos às actividades, tomo banho quando chego a casa, janto, espero enquanto o resto da família janta - geralmente petisco pão ou bocadinhos da comida deles - e Às 21h30 vou para a cama. Regra geral adormeço por volta das 22h, depois de brincar e mamar.
Durmo com a Mamã e com o Papá, para lhes facilitar a vida e ser mais fácil para mim mamar durante a noite. O que eu adoro...
Porto-me muito bem.
Setúbal, 10 de Fevereiro de 2011
08 fevereiro 2011
Hoje é um dia como outro qualquer. Um dia em que acordámos, não tivemos tempo para nada, não nos beijámos com ardor, não nos abraçamos com vigor e não foi ainda hoje que tivemos tempo de agendar o dia, a hora e os segundos que iremos reservar num futuro algures para termos tempo para nós. Hoje é um dia como qualquer outro. Mas é o dia em que te digo Amo-te. Não porque não te diga todos os dias. Ou quase todos. Mas hoje, porque simplesmente é hoje, digo-te de boca e de coração cheio: AMO-TE.
Não te tenho mais que nos outros dias, não tenho menos, também. Não pensei mais em ti do que é normal no meio das tarefas que todos temos nos nossos dia-a-dia. Ainda não tive tempo para pensar no que vou fazer para o jantar, já senti um calafrio ao recordar que irei a conduzir sozinha para casa - ainda não te agradeci por me teres convencido, pois não? - estou cheia de trabalho amontoado na minha secretária, mas lembrei-me de parar um pouco para te dizer: AMO-TE.
Sei que to digo quase todos os dias e, embora me tomes como certa na tua vida, nada existe que dure para sempre. É bocadinho como aquela flor que me ofereceram no nascimento do Bernardo, que está em cima do frigorífico, tens a paciência de cuidar dela, amorosamente, regando-a, mudando-lhe o sítio para ficar mais ou menos ao sol e não é que para espanto meu, ela voltou a florir à semanas? É uma violeta.
Se eu não cuidar de ti, também tu não cuidarás de mim.
E, embora eu me recorde mais vezes, tu precisas sempre de uma lembrança. Por isso aqui estou.
Hoje é o dia em que parei para te dizer que te AMO.
Hoje é o dia em que te digo que tenho saudades de te amar.
Hoje é o di em que te digo obrigada por existires na minha vida.
Setúbal, 8 de Fevereiro de 2011
04 fevereiro 2011
GEROCAS
Tomei verdadeira consciência: 13 anos. TREZE ANOS. Repeti devagarinho, várias vezes ao dia, todos os dias até ao dia 4 de Fevereiro. E embora já tenham passado vários dias, ainda não me consciencializei do número que agora também faz parte das nossas vidas.
És um doce.
Mas tens cá um feitiozinho.... Vai lá, vai....
Mas és mesmo um doce.
Se continuares assim, a vida, com certeza, não te irá desiludir.
Claro que temos sempre de ultrapassar alguns percalços. Faz parte da existência.
Mas vejo-te feliz e a crescer. E isso, sim, é o mais importante. Isso e aprenderes a atares as botas da bola e a arrumares o pijama que fica sempre no chão.
Mas és um doce meu filhote.
Setúbal, 4 de Fevereiro de 2011
25 dezembro 2010
NATAL
Também foi, claro, muito feliz.
Mas este ano pensei muito nas pessoas que já cá não tenho.
E isso pesou-me. Pesou-me na Véspera de Natal, ao almoço, ao jantar, na falta das rabanadas.
Mas este é o percurso natural da vida, quer queiramos, quer não. É assim que a vida nos faz mais fortes ou mais fracos.
A mim tornou-me mais forte. Mas este Natal tive particularmente pena de que o Bebucas 3 não vá nunca conhecer o meu Avô. Não conhecerá a sua bengala esticada para o fazer tropeçar, caso se portasse mal, não vai conhecer um sorriso maravilhoso.
O Bebucas 3 não vai recordar a minha Avó, pois ela esteve cá pouco tempo com ele. Não vai saber a que sabem as rabanadas da Avó, nem comer omeletes de miolo de camarão feitas por ela. Não se vai deitar na cama de casal, sem se poder mexer, quando estiver doente, ao lado dela.
O Bebucas 3 não vai conhecer o meu Pai. Não vai saber que aquele Avô foi um super Avô e que iria amar de morte também aquele Bebucas. Sei que ele olha por ele, lá de cima. Mas custa-me saber que ele não irá andar no seu velho BMW, não vai achar moedas no carro dele, não vai comer massa de peixe, nem cozido à portuguesa, nem vai beber compal de pêra ao café do chico com o avô.
O Gerinho acha que ele iria ver todos os seus treinos e jogos de futebol. Que ele seria o seu maior admirador. Não tenho dúvidas. É a única forma de verbalizar o avô.
O Ivo só tem um vazio. Sente-lhe a falta. Do bigode, da comida, do carro, do ovo kinder que o avô lhe dava nos anos. Os pormenores que ele não esquece e que me doem magoarem-no tanto.
O Bebucas 3 não vai conhecer o Pai do Pai. O Avô Silvino. Teriam os melhores Avôs do Mundo, os meus filhos se cá estivessem ambos.
Mas foi Natal.
O primeiro do Bebucas que esteve, estoicamente, acordado, a tentar comer papel das prendas que foi a única coisa, pela qual ele mostrou verdadeiro interesse. Isso e tentar arrancar as bolas da árvore de Natal, cada vez que passou por ela ao colo.
Feliz Natal para todos.
15 dezembro 2010
SUSTOS
A maioria está a par que o Bebucas esteve doentinho, com uma suspeita de meningite, uma maldita bactéria que andou para lá a chatear um bebé tão lindo e obrigou-o a passar por uma punção lombar. Já passou. foram uns dias um bocadito dificeis, mas já os ultrapassámos. Foram 6 dias a correr entre o hospital, pai e mãe a trocar de lugar, a avó a substituir a frente de batalha com os mais velhos. Mas superámos esta prova delicada. E terminámos o ano doentes e também o começamos assim. Quando não foi o Bebucas 3, foi o Bebucas 2, o Bebucas 3 também já alinhou este ano, o Pai e a Mãe. Já fomos todos ao médico este ano. Simples febre, diarreia aguda ou simples, vómito persistente ou dissipado, constipações, gripes, estreptococos pneumoniae, lesões musculares, tendinites, queimaduras do frio, frieiras, gastroenterites, problemas ósseos, dores de crescimento.... tem sido um ano profícuo em doenças e fazer a farmácia lucrar. Pena a minha carteira não estar ao mesmo nível.
Mas pronto, depois de um grande susto (e muitos pequenitos) chegaremos lá. Ao Verão. E tudo melhora. Primavera, onde a
ndas?
13 dezembro 2010
Bebucas 2 e o desporto
O Ivo participou na Gala do Centenário do V.F.C., por ser um dos atletas federado daquele clube.
Foi o primeiro da Gala e ganhou. Naquele dia todos gritámos por ti. Até com a voz calada.
Setúbal, 13 de Dezembro de 2010