Parti tudo à nossa volta. E agora ficamos os dois sem nada. À nossa volta. Sem subterfúgios. E pela primeira vez em anos vimo-nos na totalidade, nus e em toda a crueza de quem não tem onde se esconder e onde se espelhar. Os espelhos captam a essência das nossas almas. Mas agora espelhamos apenas aquilo que somos. Já não existem espelhos entre nós, à nossa volta, atrás ou à frente. Aquilo que somos espelhados nos nossos olhos apenas. E aqui, neste lugar, fico à espera de rever aquele menino grande que eras. E tu ficas à espera da menina pequena que sempre fui nos teus braços. Mas nenhum dos dois reencontra o caminho para emergir ao de cima. E descobrimo-nos sós.
8.11.2006
8.11.2006
2 comentários:
Passei, como sempre por aqui
JCC:
E não sabes o quanto gosto que passes aqui.
Beijo
I.
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