A mágoa de te saber fora da minha vida.
A tristeza de não te saber meu.
O pranto que não partilho por não ser feliz.
A infelicidade de não te ter.
A necessidade de te amar.
A recusa de te libertar, definitivamente.
A negação da tua ausência.
A ansiedade de te ter só mais uma vez.
A urgência de me saber apenas tua.
27.07.2006
9 comentários:
A libertação é uma escolha?
Por vezes é melhor libertarmo-nos das coisas, mm que nos custe, do que ficarmos presos a elas e a sofrer aos bocadinhos...
Tem toda a razão. Mas temos sempre a capacidade de nos soltarmos, de não nos fazermos sofrer aos bocadinhos, sabendo de antemão o que vamos deixar para trás?
Eu partilho dessa opinião, mas também já percebi por experiência própria que muitas vezes, preferimos sofrer, e ser felizes, mesmo que aos pedacinhos, ambas..., por simples medo de nos soltarmos. Somos todos assim? Ou sou apenas eu?
A minha experiência é precisamente essa... Com medo de me soltar, vou sofrendo uns bocadinhos, mas sendo feliz outros... Será que é mesmo assim a vida? Não haverá um meio termo, entre o sofrimento e a felicidade?
3 décadas depois tenho mais arreigada a sensação que não existe meio termo. Existe uma sensação de levar a coisa em frente. Por vezes melhor por vezes mal.
Mas acima de tudo, a sensação de que por vezes tudo está bem, e que tudo é maravilhoso.
Como se todos vivessemos no conto da cinderela, como me disse um Amigo.
Mas a cinderela está só na nossa cabeça. E por vezes na realidade dos nossos sonhos.
E aquelas vezes em que, em vez de estarmos no conto da Cinderela, estamos no conto da Bruxa Má?
Exactamente... a vida parece mais que estamos encerrados num longo capítulo do conto da Bruxa Má... Será que no final... teremos algum Príncipe encantado? Ou existem sapos e mais sapos, com momentos de principes? Ou nós com momentos de pura miopia?
Todos nós temos momentos de miopia... mas vale a pena acreditar que nalgum sapo... existe um Principe Encantado... e que nalgum conto da Bruxa Má acabaremos mesmo por ser salvos no " e foram felizes para sempre".
Acreditem.
Todos acreditam de uma forma ou de outra, porque se não acreditássemos porque continuariamos a viver um dia após o outro?
Somos impelidos pela eserança de que amanhã será melhor. Que depois será mais fácil.
Mesmo quando não acreditamos, no fundo temos apenas a simples esperança que será melhor depois, quando a dor voltar a passar.
Mesmo que acreditemos, acreditando que não acreditamos.
Perceberam?
Beijos amigos.
Enviar um comentário