28 fevereiro 2007

Estou acompanhada


- Olá

- Como vais?

- Vou bem. Estou sempre bem. Sabes como sou.

- Por saber como és, pergunto-te como vais. Porque te sei e te conheço por dentro e te reconheço a vida desgarrada.

- Não me sabes assim tanto. Nunca me soubeste quando devias saber. Agora são lágrimas deitadas a um chão demasiado infértil, demasiado seco, demasiado gretado.

- Eu sei que não te dei a mão quando devia e que agora é tarde. Mas sabes que estou sempre aqui. Estarei sempre aqui para ti. Em ti. Contigo.

Eu sei. Mas por vezes isso não me basta. Por vezes quero o mundo agora, já, porque já o deveria ter tido ontem.

- Mas também sabes que não temos nunca o que queremos. O que achamos merecer.

- Eu sei que não o mereço. Mas interrogo-me se mereceria tanto do que não quis para mim.

Deixaste a fúria, a raiva, o ciúme, a dor e o rancor toldarem-te o coração e quando estás assim não vês, não tens a capacidade de ver o sol a brilhar. Ele brilha todos os dias. Dentro do teu coração. Fica bem. Sabes que estou aqui.

- Até qualquer dia. Enche-me de sol. Até qualquer dia. Até qualquer dia.


22.01.2007

27 fevereiro 2007

Apenas Amar


Sabes que te amo. sabes que te amo tanto que o coração poderia deixar de bater e ainda assim continuaria a viver, amando-te?

3.02.2007

Estou cansada. Não me consigo acomodar. Mas não me desacomodo da vida que levo. Sei que não faria diferença, por pouca que fosse, dizer-te que te amo. E mesmo que me pusesse de joelhos e soubesse voar para o teu olhar, ainda assim, esse medo escuro, essa solidão que ninguém entende e que te cava a vida para longe de todos, ainda assim, não me deixarias entrar realmente no teu coração. Mas estou aqui. E sabes bem que ainda te penso. Que ainda te sinto. E que podes sempre encontrar o meu conforto aqui.


2.02.2007

Quando eu encontrar o carril e entrar de novo nos eixos sei que me encontrarás.


E aí, apenas sei que estaremos mesmo bem. Não o digo, mas sei que não me abandonaste. Sei que me tens trazido ao colo em tantas alturas mas eu não o digo em voz alta com receio que ao saberes que eu sei me deixes cair. De vez. Não. Não o farias. Um dia, talvez um dia me porás no chão para que eu possa caminhar sozinha. Mas até lá deixa-me sentir o teu cheiro na proximidade que o teu colo me traz. Agora deixa-me ficar aqui envolvida nos teus braços à espera que a vida me encontre e que eu queira seguir em frente. Porque não o digo, mas sei sempre que o teu peito está aí para me abrigar e para me deixar repousar e encontrar a paz perdida. Não te vás antes de mim. Não te vás...


2.2.2007

24 fevereiro 2007

A espera


Aguardo. Aguardo ainda na pele o cheiro orvalhado da manhã a romper no horizonte. Espero. Espero ainda pela sensação de mar a encher-me o corpo ao fim da tarde enquanto o sol se deita além no horizonte. Aguardo. Aguardo ainda a tua voz. Uma explicação. Uma palavra. Um sentimento. Espero. Espero ainda o toque das núvens num dia de sol quente e de céu maravilhosamente azul enquanto eu me amanso na areia branca. Aguardo. Aguardo ainda o sorriso cheio e a alma leve. Espero. Espero sempre um dia que a calma e a paz regressem a mim.


22.01.2007

23 fevereiro 2007


A minha vida faz sentido porque vos tenho. No meio da loucura que grassa à minha volta vocês são o céu que me é negado ou a quem viro as costas permanentemente. Vocês não me deixam afundar completamente e de manhã quando o dia não faz qualquer sentido recebo aquele beijo de amor que me dá o direito de levar mais um dia até ao cabo da vida. Um dia de cada vez. E quando não estão mergulho no silêncio que me tapa os ouvidos e quando julgo que não vou resistir nem mais um segundo recordo o vosso riso cheio e os amo-tes a meio da conversa com um olhar cheio de confiança de que estarei sempre ali. E é esse casco de navio a que me seguro enquanto navego noite adentro na vida.


22.01.2007

Quão mais triste eu poderei ficar? Sozinha, triste e amargurada. E pior. Sem respostas. A falta de respostas é o que mais me dói. Este luto que não consigo aceitar pela falta das ditas respostas que tenho em mim. Sabes que partiste e não resolvemos nada. Sabes que não voltaremos a falar. E tudo o que tínhamos por dizer foi assim que permaneceu. Por dizer. Sabias. Sabias de tudo o que aconteceria, mas resguardas-te num pudor incomensurável e desnecessário. Deste-me uma mensagem antes de partires daqui. Ainda não a decifrei totalmente. Aonde estás?


18.01.2007

21 fevereiro 2007


Sou como um peixe a nadar num aquário que me impede de fugir para o mar aberto. Não corro o risco de ser devorada por um peixe maior e mais poderoso. Mas também não vejo o mundo. Sinto-me enclausurada. Fechada e amargurada. Quero deixar o passado lá atrás, não quero continuar a carregá-lo como uma mala carregada de entulho, não se distinguindo o que se deve aproveitar e o que deve ser deitado fora. Sinto os meus dias vazios de ti, com as tuas mãos que um dia me deste. Desenfreada, em imperfeito descontrolo, bato contra as paredes de vidro na ânsia de me soltar e de me debater com algo palpável como a falta de ar e esquecer-me das dúvidas e das incertezas.



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Lentamente deixo-me ir.



Algo acabará por suceder.



22.01.2007



20 fevereiro 2007


Sabes, quando somos adolescentes, crescentes, ainda, no amor, na paixão e na descoberta dos prazeres? Foi nessa idade que te reconheci. E, hoje não quero ouvir a nossa música, nem para mim, nem para qualquer outra pessoa. Faz-me recordar os dias em que vivi para ti e enchi o próprio coração de amargura. Quando me dizias, serás para sempre o meu amor. Hoje sabemos, ambos, que era apenas uma mentira. Em que ambos acreditavamos. Mas não deixou de ser uma mentira. Disseste-me nas noites de lua cheia que serias meu para sempre, enquanto te descobria o corpo e nós desvendávamos o meu próprio corpo.



18.01.2007

Quero redescobrir o prazer. O prazer de sorrir. O prazer de acordar pela manhã. Sentir-me feliz. E julgar que tenho o direito de me sentir feliz. De o ser. Como uma mulher completa. Quero reencontrar o prazer de fazer amor. De sentir um corpo quente que me corresponde aos avanços da língua solta no teu ventre. Voltar a enfiar os dedos por entre os cabelos de quem me faz palpitar o sexo, o corpo e a mente. Daria tantos pedaços da minha felicidade para me sentir mulher, viva. Outra vez.
18.01.2007

Preciso ser feliz urgentemente. Deixar a vida toda que passou para trás e não saber como vamos. Quero que estejas feliz e sorridente mas não quero que mo digam. No tempo que entretanto decorreu perdi o teu amor. E também o meu. Deixei de me gostar. E isso é essencial. E assim que me reencontrar, menina de novo, a correr num campo de margaridas, com o espírito selvagem, de novo solto, sem amarras, e, sem restrições, voltar-me-ei a olhar nos olhos e reconhecerei a mulher em que me tornarei, entretanto.


18.01.2007

04 fevereiro 2007


Horas depois já recompostos e felizes...

Quando te viram pela primeira vez, às 3 horas...

Parabéns meu amor...

A esta hora....