30 abril 2007


Os meus sonhos, nalguns dias são simples - e também puras - maravilhas de outro mundo....

29 abril 2007


Sem vocês o silêncio é o único que resta...
29.04.2007

28 abril 2007

Sol e Luz


Vamos deixar o sol inundar-nos hoje de luz....

Entendimentos


Não percebo. Não consigo compreender porque me dizes adeus sempre que me chego mais perto do teu coração. Se tens a palavra apenas colada à boca ou se ela constitui o teu alarme de defesa. Mas também já não interessa. Sempre que te digo; cheguei, tu respondes-me que estás de partida. E eu fico cansada de te perseguir para me manter colada a ti. Para, no mínimo, me manter na tua sombra. Assim, o tempo passa, e com ele vai trazendo a solidão, a saudade e o vazio do mar que me preenche cada vez mais na tua ausência, que se torna cada vez mais permanente. A solidão e a ausência. Cada vez te tenho menos. Ou cada vez te quero mais. E não tenho nada do que pretendo obter de ti. E assim me deixo ficar. E tu não vês o abandono a que me voto. E tu não reparas nas lágrimas que me correm embora estejas sentado mesmo ao meu lado. Mas já me tornei demasiado invisível aos teus olhos. Agora já não me vês, apenas. Olho o mar mais uma vez. Hoje também não estás aqui ao meu lado.

27.04.2007

27 abril 2007

Olhando o mar sem ti


Se eu chamar por ti voltas?
Se eu pedir ao vento que me traga a tua voz ela vai chegar aos meus ouvidos?
Se eu pedir ao vento que me traga as tuas mãos voltas a abraçar-me o corpo e a dar-me as mãos enroladas em mim, prendendo-me a ti?
Se eu pedir ao vento que me traga o teu sopro, a tua respiração, o teu ar quente que exalas de ti, e assim me venhas secar as lágrimas destes dias tristes, vens olhar-me do alto desse mar azul?
Se eu sonhar com a força suficiente que as coisas podem mudar, achas que te tenho de novo, pelo menos nos sonhos?
Não sei o que é pior, sofrer por não te ter, ou se sofrer por não ter com quem sonhar e debater-me apenas com este vazio de ti e de tudo o que enchia antes. Mesmo que o dantes fosse quase tão vazio como o agora...
27.04.2007

26 abril 2007


És uma nunvem nas minhas mãos. Não no sentido do suave e ligeiro... mas no sentido mais magoado. Quero mexer-te e não consigo sequer tocar-te. Nem te sentiria, mesmo que assim o quisesse... Foges-me por entre os dedos. És ainda menos que a areia. Essa ainda é palpavel. Tu nem isso és e nem te deixarias ser, mesmo que quisesses. Por vezes és apenas ausente num céu azul. Outras incerto num céu todo cinzento. Outras ainda és puro de brancura num mar de azul. Mas podes também ser negro e assustador. Carregado. Mas nunca sentido. Mesmo que assim ambos o quisessemos.
Onde estamos? Saberemos alguma vez?
26.04.2007

Solidão acompanhada


A sério. Juro-te que tenho tentado. Penso estar muito mais calma, respiro muito mais vezes e penso 10 vezes antes de falar alto. Mas ainda assim fico constantemente magoada pelas tuas palavras. Mais ainda pelos teus silêncios. Pior ainda pelas tuas ausências. E o que não dizes cava mais fundo na alma por ser aquilo que escondes. Ficamos por aqui? Não, acabamos por nunca desistir, na realidade, permanecemos sempre unidos, para o resto das nossas vidas e não nos deixamos com receio do que vamos encontrar. Eu reconheço, agora, depois destes anos de luta contra mim mesma, em que me tentei convencer sempre que não te amo assim tanto, concluo que sim, que afinal ainda te amo, e não é assim tão pouco quanto isso. E não te deixarei jamais viver a vida ao lado de outras pessoas por te amar assim tanto, por não me saber ver sem ti. E por isso fico aqui, encolhida neste canto, a pensar na vida e em ti, e nos momentos que tivemos à beira do oceano, e julgo que tantos que me recordo são apenas fruto da minha imaginação demasiado fértil e demasiado sonhadora. E deixo-me ficar, e deixo-me abandonada nos devaneios do que já não volta na minha vida. É ver-te sair todas as noites e saber que não me regressas para os braços incólume. É saber que a roupa que vestes e o perfume que pões já não é para mim. E isso dói. Vai doer sempre, porque te dediquei já metade da minha vida. E são muitos anos, muitos meses, muitos dias, tantas horas. Em que sempre, de uma forma ou de outra esperei por ti. Amo-te.

16.02.2007

20 abril 2007

O Amor é sempre grande


O amor é sempre grande. E por saber que ele é sempre assim, espero do fundo do coração que reconheças sempre os que tens ao teu lado. E que eles sejam muitos. E se não forem muitos, que sejam fruto de um grande amor. E espero que te sintas sempre pequenino ao lado do oceano. Porque saberás, aí, sempre, que tens ainda muito do mundo para descobrir. E que Deus te traga sempre na mão dele, e se não for na mão, que seja no colo, sempre que não puderes caminhar. E espero que as lembranças te encham sempre o coração e a memória, e que tenhas, ainda assim, demasiado espaço para tudo o que ainda havemos de viver e partilhar. Em dias maus que serão seguidos de dias bem melhores. E que o oceano nos encha sempre de esperança. Saudade também. Mas principalmente de esperança. Pelo que ainda temos pela frente, do caminho para desbravar, dos atalhos para descobrir, da fé para partilhar, da saudade para apaziguar, da tristeza para definir, do céu para nos cobrir. Do chão para caminhar, à nossa frente, ao nosso lado, pela frente, e, que não tenhamos sinais para nos vergar, obrigações para nos cingir, e, que seja apenas o coração ao ditar e o Amor para nos guiar.


20.04.2007

19 abril 2007

Na nossa praia


Procuro-te o rasto por entre a areia solta dos caminhos que nos levaram um ao outro, entremeados pela saudade, dolorosa e doentia(também) por vezes. Os sorrisos e os risos, esses adormeceram pelas gaivotas que nos fingiam o riso ao entardecer das praias por onde nos dávamos (e nos perdíamos) em amores nunca antes acabados e sempre à flor da pele quando nos tínhamos nos braços um do outro e na pele sentida de cada um de nós. Éramos a razão de respirar, e a razão de nos fazermos a vista azul de céu ao amanhecer e céu alaranjado ao entardecer. Pelo meio existiam apenas os beijos, molhados, e também, todos os caminhos que nos chegavam até ao mar que nos arrefecia o âmago e nos molhava os sexos entumescidos pelo sexo inconstante e empedernido, praticado a horas constantes como se todas as praias se fossem abrir e tragar-nos para um sitio tão apertado onde já não nos poderíamos mover ao som do nosso desejo.


Se fosse hoje dir-te-ia que não te preocupasses. Também já sei até onde poderemos chegar, ou levar-nos, ambos, mesmo parados, desde que com os corpos colados e as bocas por perto uma da outra e os ouvidos apurados.


Ainda te amo.


Ainda te sinto saudades.


Sempre.


19.04.2007

A fuga


Levo o tempo parada, à espera que o dia de amanhã seja melhor que o de hoje. Que ocorra uma milagrosa mudança nos dias e nas noites que me sucedem e me fazem permanecer, quieta, parada, imóvel à espera da mudança que me vai fazer feliz.


Mas hoje subitamente, e porque sempre soube, descobri que não vale a pena ficar aqui. Tenho que correr, correr pelo tempo que se me escoa por entre os dedos, correr pelo tempo que já perdi, pelo tempo que ainda vou perder e acima de tudo pelo tempo que ainda posso mudar e por aquele que ainda posso viver.


Os dias são uma fuga incontrolável da monotonia, que sabes que gosto de ter à minha volta, porque não gosto do que foge dos meus meus hábitos, e, as noites são, também, uma fuga - constante - para os teus braços que não estão nunca abertos, à minha espera.


As fugas fizeram de mim o que sou. As fugas de olhos fechados. As fugas paradas. As fugas de simples fuga.


Mas a cada dia estou mais perto, porque cada dia me vejo mais. Translúcida.


19.04.2007

18 abril 2007

Lágrimas


Chuva. Chuva. Hoje chove num dia sem sol. O céu escondido por trás das nuvens cinzentas. Quase negras. Hoje não me aqueço ao sol. No teu sol. No meu sol. Em nenhum sol. Hoje estou assim, só. Com lágrimas corridas de um céu vazio de azul e cheio de negro.
Hoje também estou sem ti.
27.02.2007

à descoberta de nós, outra vez....

Vem esta noite e deixa o teu desejo flagelar-me o corpo. Deita-te ao meu lado e deixa a tua língua invadir-me a boca. põe as tuas mãos sobre os meus seios e sente-me o coração em ti. Percorre-me. Sente-me. Deseja-me. Sente-me. Faz amor comigo esta noite como se fosse a última vez. E em especial, como se esta fosse a primeira. Descobre o meu corpo como se nunca o tivesses visto antes. E como se fosse esta a última vez que morrerias nele em estertores de prazer imenso e intenso. Vem. E toma-me como tua esta noite. Esta noite podes ter-me por entre as tuas pernas e os teus braços e dentro da tua boca.
Esta noite.
Nesta vida.
18.04.2007

17 abril 2007

A (temível) Esperança


Sabes, a vida por vezes engana-nos. Ou nós queremos, apenas, que ela seja diferente. Não a aceitando. Mais de uma década depois achei, sinceramente, que ainda sentiriamos os arrobos da paixão. Que ainda me meterias a língua, invasora, na boca, como se me quisesses tomar como tua a partir dali. Ainda julgo que deveríamos dar a mão ao entardecer. Que ainda namoraríamos, no sofá, no intervalo do filme fora de horas. Que ainda nos procurariamos, cheios de tesão, na cama, na banheira, na cozinha, a qualquer hora do dia, sem cansaços e sem ausências. Mas ao crescer - sim, porque estamos sempre a crescer - seguimos por caminhos, que embora paralelos, nos levaram a cidades diferentes. Agora resta-nos uma parede, construida por nós próprios e que nos impede de nos olharmos nos olhos um do outro realmente. De vez em quando , muito mesmo, de quando em vez, tocamo-nos como se regressássemos ao passado. Mas o passado não pode ser vivido de novo. Agora é o presente. que tem de ser construido, um dia de cada vez. Mas nunca estamos um para o outro. E nunca nos procuramos. Nem na cama, nem na banheira, nem na cozinha, nem em lado nenhum. Porque o que vemos agora já nem é uma projecção do passado em que nos conhecemos e em que fizemos planos para um futuro cheio de magia, amor e ternura. Hoje, resta-nos o passado. E também a parede entre nós. O problema maior, meu querido amor do passado, é que nem o passado nos leva um ao outro. Nem o nosso. E a parede impede-nos de ver o que somos realmente agora. E já não sabemos amar a pessoa que temos agora ali deitada ao nosso lado na cama, na qual não nos procuramos, nem tão pouco nos atrevemos sequer a tocar, por receio de ofender a resistência do alto muro que nos divide em todos os cantos das nossas vidas. Amanhã é outro dia. Repito eu, ingénua e já sem esperança. Penso eu. Amanhã talvez seja diferente. Pensas tu. E nenhum dos dois se atreve a levantar os olhos e a ver realmente aqui e agora, e, muito menos no futuro, nem naquele que nos espera e muito menos naquele que projectamos juntos. Hoje, aqui, e agora. Nunca voltaremos a ser iguais, nem tão pouco parecidos. Mas amanhã é outro dia. Repito eu.


23.01.2007

Descobertas


Disse-te que era a verdade. A verdade pura e simples. Mas, conforme o tempo vai passando acabo por concluir, como tu, que isso não existe. A verdade pura e simples. As verdades - porque elas são sempre várias - raramente são puras. E nunca, mas nunca mesmo, são simples.

17.03.2007

02 abril 2007

Sem ti...


Preciso de ti, sabes? Preciso que cuides de mim e principalmente que te dês e que me deixes entrar na tua fortaleza. Preciso que me salves de mim própria, que me dês a mão e me permitas caminhar ao teu lado. Deixa-me entrar no azul do teu olhar e nadar no teu mar de pensamentos. Senta-te aqui ao meu lado e ouve o meu coração a bater, sente-me o sangue a correr pelas veias. Sente-me a vida a latejar no corpo.



Vive-me!



Sente-me!



Ama-me!



28.02.2007

01 abril 2007

A noite


A noite já vai alta.Tão alta que todo o céu apagou já as estrelas e aguarda o desenrolar do relógio para que dia nasça de novo. Mas eu estou aqui. À minha espera.À espera de mim própria. Perdi-me. E não sei se voltarei ou parecida quando me encontrar a vaguear num beco às voltas sem conseguir recordar-me da saída. O dia vai nascer. O dia vai nascer, ali, por trás daquela serra e o dia vai iluminar-se. Outra vez.



2.2.2007