30 maio 2011

PARABÉNS A VOCÊ....







O Bebucas 3 fez um ano. Passou a correr. No outro dia era um bebé pequenino, que não dava quase trabalho nenhum, hoje está um reguila; Dança, gatinha, ensaia os primeiros passos, tem 6 dentes, grita, bate palmas, finge que chora, adora o banho - tenta subir para a banheira quando o Pai prepara a água na sua banheira - e come de tudo.





Um muito obrigada a todos.



29 maio 2011

MIRANDO DO CORVO




TEMOS CAMPEÃO!!!




O Ivo ganhou a competição na categoria dele: - 35kgs em ligth kick! É campeão nacional!




Foram horas muito díficeis.


O tempo de espera é muito, eram centenas de atletas (eram 750) a competir em 6 tatamis e 4 ringues.


Todos ao mesmo tempo.


O Ivo saiu-se bem, tanto no primeiro como no segundo combate. Era para ter mais combates mas houve desistências. Portou-se muito bem, parecia um canguru aos saltos. Muita perna, braços que nunca mais acabava.


Deu-me pena dos outros atletas, dos muitos que perderam. Mas dar-me-ia muito mais pena do meu pequeno herói quando chegasse ao pé de mim, a fungar e os olhos brilhantes a jurar que lhe tinha entrado qualquer coisa no olho... E quem é Pai ou Mãe compreende-me muito bem.


Saímos de casa Às 4h30 da manhã, viajamos até às 8h30, sensivelmente, com um bebé (que se portou como um anjo) e o mano grande.


O ivo ainda dormiu no carro, grande parte da viagem e fiquei preocupada por ele ir lutar depois do desconforto de uma viagem grande e de uma noite mal dormida.


Mas ser novo e ter sangue na guelra dá nisto. Ficou bem em todas.


Todos os colegas aparecem em blogs, fotos, youtube, menos o meu bebé nº 2. Mas pronto, estamos cá nós para vos mostrar o Campeão, com a camisola do VFC.


Fomos literalmente à descoberta, sem local para dormir, o Gerinho em plena histeria porque diziamos que iriamos dormir no carro, mas acabamos por ficar na pousada da juventude da Lousã, que aconselho vivamente, pois é maravilhosa.


Agora o resto: as filmagens não são grande coisa: a mãe tremia e o pai estava ainda pior. Os manos um tentava atirar a camara ao chão (bebucas) e o outro apontava para o chão (gerinho).


Muitas vezes esquecemos de acompanhar o movimento dos atletas, eles iam para a esquerda e nós ficámos a filmar na direita e vice versa. Mas Pai e Mãe sofrem, e eu, pesssoalmente, nem conseguia gritar. O Pai ia tendo um ataque.


Os atletas no sábado chegavam, bonitos e lavadinhos.


No domingo de manhã era ver costas esgatanhadas, olhos negros, sobrolhos abertos, gente a coxear, sacos de gelo por tudo quanto era sítio.


Mas valeu a pena.


O Ivo está com o coração e a alma cheios.




Parabéns filhote.




Miranda do Corvo, 28 e 29 de Maio de 2011


DECLARAÇÃO DE VENCEDOR













ACHO QUE FOI O MEU FILHO, ACHO QUE FOI O MEU FILHO....





FOI O MEU FILHO!!!!

2º COMBATE










Os nervos são muitos.




Custa muito.




Temos pena do outro atleta, mas queremos o melhor para o nosso bebé 2.




O coração parece que vai saltar do peito, descer a bancada e vai lá ao tatami bater em todos também....

AQUECIMENTO







Aquecimento do 2º combate... Pai treme, Mãe tremelica, Gerocas torce as mãos e tem palpitações, Bebucas grita desalmado e bate palmas!

1º COMBATE












O 1º combate do Ivo.






Suei as estopinhas aqui...






19 maio 2011



Hoje, de repente, tive saudades de te escrever. A ti. Àquele amor que me enchia as noites de dúvidas existenciais, que se me impregnava na pele e se recusava a sair-me dos sonhos, dos idílios e do pensamento.
Toda a minha vida girava à tua volta.
Não respirava sem ti. Não vivia sem ti. Não sonhava sem ti. Não pensava sem ti. Não funcionava sem ti. Era de ti que vivia.
De repente descobri o mundo para lá de ti. E deixaste de ter a importância que só eu te atribuí, durante anos. Dias e dias a fio, a respirar com dificuldade, julgando que não poderia viver sem ti, com a certeza absoluta que as finas linhas que nos ligavam se rasgariam no momento em que tirasse os olhos de ti, em que tirasse o pensamento de ti, como se fosse eu que te forçaria a estar ligado a mim.
Mas não. Pelo contrário. Era eu que me forçava a estar ligada a ti. Obrigando-me a não viver, a não respirar, a não sorrir, amedrontada de não te ter. Mas, por isso mesmo, nunca te tive. E foi assim que um dia me dei conta do imenso vazio que trazia no teu lugar, completamente vago ao meu lado. Eras feito de uma matéria refractária, a que nem os sonhos querem pertencer.
E assim, um dia ao acordar, olhei para a janela e vi um sol esplendoroso e achei que deveria respirar. Olhar à volta, aproveitar aquela luz maravilhosa que enchia o céu naquele dia, encher os pulmões do ar que não era rarefeito, finalmente – eu é que o fazia – e voltar a viver.
Apeteceu-me sorrir.
E voltei a sorrir. Assim, subitamente.
E, quando olhei para o lugar ao meu lado, que era o teu e que afinal esteve sempre vazio, vi que uma chama o enchia de uma luminosidade fantástica. E aquele lugar vazio agora não seria difícil de arrastar comigo.
E foi assim o princípio do nosso fim. Do fim da tristeza que me enchia os dias e as horas da falta que te sentia e do vazio que não aceitava e que foi a única coisa que me deixaste a encher a vida depois da tua ausência que foste sempre em mim. Mesmo quando estavas comigo.

Setúbal, 19 de Maio de 2011