10 fevereiro 2011


Ivo: 11 anos:


É chato. Muito chato. Fala - muito mais do que eu. Cansa até à medula. Faz as asneiras mais descabidas e se houvesse, ganharia o prémio de maior número de asneiras cometidas em menos tempo possível.
Faz de conta que não houve quando preciso de ajuda e calha-lhe sempre a ele despejar o balde.
Mas, entre toda a maluqice dele é:
Um menino muito esforçado.
No ATL quando a monitora sai, ficam todos doidos e ele continua a trabalhar, pois quer ser um aluno melhor.
É um doido por desenhos animados como os Simpsons e Family Guy, os quais não acho gande piada.
É preciso incentivo para tudo: Ivo vai tomar bnho. Ivo arruma a mochila. Ivo, despacha-te a comer.
Mas, ajuda muito o irmão; faz-lhe a cama, muitas vezes sem ele lho pedir, arruma-lhe as botas e os sapatos, põe a mochila dele no sítio e faz-lhe quase todos os dias os lanches.
É meigo, beijoqueiro e diz as coisas mais disparatadas mas doces e lindas.

Troca as palavras e inventa-as. É de morrer a rir com ele por perto, pois é um palhaço que adora fazer rir à volta dele. É isso ou morrer de dor de cabeça porque não se cala!

GERINHO - 13 ANOS


Ludgero, 13 anos:
Só pensa na bola.
Só pensa na bola.
Só pensa na bola.
Só pensa na bola.
Também pensa no Sporting.
E em tácticas de jogo.
É um fanático da bola, não se esforça grandemente na escola, a não ser que tenha a ver com bola. Fiz um acordo com ele, sobes as notas e deixo-te ir jogar à bola nos dias em que tens aulas à tarde à hora de almoço - e sempre que não tiveres testes.
Subiu... 1%, 2%, 3%...
Teoria dele: "Estou a cumprir o nosso acordo"
Teoria da Mãe: "Toma lá, que já te tramaste"
Não gosta lá muito do ATL, onde é obrigado a pensar e a trabalhar noutras coisas que não a bola.
O que é uma pena, pois poderia ser muito melhor aluno.
É uma criança feliz, principalmente se tiver uma bola nos pés.
Agora, no futebol, é um dos matraquilhos.
Recebe 5,00€ por cada golo.
E devo-lhe não sei quantos meses de semanadas.
Está sempre a cravar o irmão para fazer as coisas dele - cama, apanhar a roupa do chão, levar-lhe as toalhas, fazer-lhe os lanches da escola, arrumar-lhe os sapatos.
É meigo, gosta de comer e de brincar na Comporta.
É friorento, gosta de lençóis de flanela no Inverno e de se enrolar nas mantas.
Às vezes responde torto, mas regra geral é doce.
É amigo do seu amigo e tem muitos.
É desarrumado.
É leal.
Adormece o mano com facilidade e toma conta dele com atenção.
Está tão crescido.

8 MESES



Bernardo, 8 meses e uma semana:

Já levanto o rabo, quase quase a gatinhar.
Já tenho dois dentes.
Já tive duas constipações, uma otite e uma infecção bacteriana.
Palro muito, quase sempre.
Reajo bem às vacinas, como bem sopa de peixe e de carne.
Já introduzi praticamente todos os legumes, gosto muito de sopa de aipo.
Como perú, frango, coelho e borrego.
Adoro peito de frango, assim, dado à boca em pedacinhos pequeninos.
Já como massinhas e arroz na sopa.
Adoro fruta, em especial maçã com banana.
Sou guloso com iogurtes - qualquer um.
Já me sentei sozinho esta noite na cama.
Gatinho para trás, às vezes.
Para apanhar alguma coisa que quero, parece que estou a fazer entre uma espécie de natação de bruços e mariposa...
Acordo por volta das 7h, mamo (mama da minha Mãe) vou para a minha super Ama e faço uma sestinha a meio da manhã, como um iogurte, almoço, brinco, volto a dormir, lancho, brinco outra vez, às vezes faço uma sestinha ao final do dia, no carro, enquanto a mamã leva os manos às actividades, tomo banho quando chego a casa, janto, espero enquanto o resto da família janta - geralmente petisco pão ou bocadinhos da comida deles - e Às 21h30 vou para a cama. Regra geral adormeço por volta das 22h, depois de brincar e mamar.
Durmo com a Mamã e com o Papá, para lhes facilitar a vida e ser mais fácil para mim mamar durante a noite. O que eu adoro...
Porto-me muito bem.

Setúbal, 10 de Fevereiro de 2011

Obrigada tia Aida.

08 fevereiro 2011


Meu querido Amor,



Hoje é um dia como outro qualquer. Um dia em que acordámos, não tivemos tempo para nada, não nos beijámos com ardor, não nos abraçamos com vigor e não foi ainda hoje que tivemos tempo de agendar o dia, a hora e os segundos que iremos reservar num futuro algures para termos tempo para nós. Hoje é um dia como qualquer outro. Mas é o dia em que te digo Amo-te. Não porque não te diga todos os dias. Ou quase todos. Mas hoje, porque simplesmente é hoje, digo-te de boca e de coração cheio: AMO-TE.

Não te tenho mais que nos outros dias, não tenho menos, também. Não pensei mais em ti do que é normal no meio das tarefas que todos temos nos nossos dia-a-dia. Ainda não tive tempo para pensar no que vou fazer para o jantar, já senti um calafrio ao recordar que irei a conduzir sozinha para casa - ainda não te agradeci por me teres convencido, pois não? - estou cheia de trabalho amontoado na minha secretária, mas lembrei-me de parar um pouco para te dizer: AMO-TE.

Sei que to digo quase todos os dias e, embora me tomes como certa na tua vida, nada existe que dure para sempre. É bocadinho como aquela flor que me ofereceram no nascimento do Bernardo, que está em cima do frigorífico, tens a paciência de cuidar dela, amorosamente, regando-a, mudando-lhe o sítio para ficar mais ou menos ao sol e não é que para espanto meu, ela voltou a florir à semanas? É uma violeta.

Se eu não cuidar de ti, também tu não cuidarás de mim.

E, embora eu me recorde mais vezes, tu precisas sempre de uma lembrança. Por isso aqui estou.

Hoje é o dia em que parei para te dizer que te AMO.

Hoje é o dia em que te digo que tenho saudades de te amar.
Hoje é o di em que te digo obrigada por existires na minha vida.

Setúbal, 8 de Fevereiro de 2011

04 fevereiro 2011

GEROCAS


De repente assustei-me.
Tomei verdadeira consciência: 13 anos. TREZE ANOS. Repeti devagarinho, várias vezes ao dia, todos os dias até ao dia 4 de Fevereiro. E embora já tenham passado vários dias, ainda não me consciencializei do número que agora também faz parte das nossas vidas.
És um doce.
Mas tens cá um feitiozinho.... Vai lá, vai....

Mas és mesmo um doce.
Se continuares assim, a vida, com certeza, não te irá desiludir.
Claro que temos sempre de ultrapassar alguns percalços. Faz parte da existência.
Mas vejo-te feliz e a crescer. E isso, sim, é o mais importante. Isso e aprenderes a atares as botas da bola e a arrumares o pijama que fica sempre no chão.

Mas és um doce meu filhote.

Setúbal, 4 de Fevereiro de 2011