Termina agora 2013, mais um ano.
E, naturalmente, há uma tendência
inata, em quase todos nós, em olhar para trás e é nesta altura do ano, que de
forma mais consciente, repescamos o que de melhor e pior vivemos no ano que
termina.
É uma forma de aprendizagem, pelas
memórias, cheiros e conhecimentos adquiridos, que me vai permitir gerir um
bocadinho melhor do meu (nosso) futuro.
Só percebendo o passado, poderei viver
melhor o futuro.
E isto é uma verdade implacável.
Neste ano que termina senti que
crescemos todos. Cada momento que vivi, cada problema, cada alegria, cada
tristeza, cada certeza. Cada lágrima, cada muro deitado abaixo, cada ponte reconstruída,
cada jardim plantado.
Tudo o que sou, o que virei ainda a
ser. É a esta conclusão que chego deste ano de 2013: o crescimento. Senti-me crescer
profundamente.
Quase sempre sei o porquê de fazer o
que faço, agora. E sei lidar melhor com isso. Aceito-me. Não foi um ano fácil.
Perceber que algumas pessoas não
estão connosco de forma definitiva foi, sem dúvida, o que me mais custou. O
para sempre, é, afinal, mesmo para sempre.
O Passar à porta da casa do meu Pai
e saber que não vou visitá-lo há muito, mas que não o poderei voltar mesmo a
fazer.
Os que não querem simplesmente
trazer-nos no coração foi uma descoberta que doeu mas que me fez não construir
muros à minha volta mas desviar apenas as fundações das minhas pontes.
2013 foram as palavras que consegui
finalmente verbalizar.
Recordar o sorriso do meu pai com os
netos. A gargalhada da minha avó com uma piadola só nossa. O olhar de mar do
meu avô.
Os meus filhos. Os meus filhos. Os
meus filhos. Sempre os meus filhos, o melhor de mim e para nós.
Cada abraço, cada gargalhada, cada
lágrima. Só minhas ou as partilhadas.
A redescoberta da família alargada.
A união e a certeza dos meus amores.
A firmeza da ligação com o meu amor.
Adeus 2013. Sê bem vindo 2014.