23 outubro 2007


Mudanças radicais aproximam-se rapidamente dos nossos dia - a - a - dia.
Os receios que fazem (sempre) parte de mim, tomam agora proporções para lá de gigantescas.
Mas ambos sabemos que a palavra para mim tem um valor intrínseco ao qual não pode ser retirado um pedaço - por pequeno que seja - do seu cumprimento rigoroso.
Até o tempo agora será (ainda) mais espartano entre nós.
Por enquanto está tudo calmo.
Permanecerá assim?
Nenhum de nós saberá responder, sem o ter experimentado anteriormente.
Depois da manobra iniciada será possível fazer marcha atrás sem deixar marcas irreversíveis?
Apenas o tempo o dirá.
Que sofro por antecipação, já todos sabemos.
Mas que o tempo dirá das nossas decisões também nós já o sabemos.
Esperar. É o exercício que mais nos têm mandado fazer em todos os grandes aspectos das nossas vidas.
Com Amor.
23.10.2007

22 outubro 2007




Hoje é o primeiro dia do resto das nossas vidas.
Falta descobrir se juntos ou apenas distantes. Ou até separados.
22.10.2007

20 outubro 2007


Até ao teu regresso estaremos de coração vazio, mas também, cheio de saudades tuas.

19 outubro 2007


Os grandes Amores não morrem.De vez em quando vamos lembrar-nos um do outro, e, naquele pedaço de tempo voltaremos a amar incondicionalmente.
Hoje também te amo.
20.10.2007

Os meus meninos a crescer


O tempo faz-nos crescer demasiado depressa.

Ainda ontem eram pequeninos e dependentes, hoje já são quase crescidos e

não precisam da minha mão.

O cheiro ainda é o mesmo.

19.10.2007

18 outubro 2007


És como uma onda. Regressas a mim, cheio, cheio de plenitude e eu aceito-te.

Sei que voltarás a partir. Mas agora é quanto me baste que estás ao meu lado de novo. Em mim. E por agora permanecemos assim. Como a água e a areia. Numa praia. Sempre juntos, mas sempre afastados.


18.10.2007

O Amor é assim. Como gotas soltas das nossas vidas, pedaços dos nossos corpos, dispersos também, pelo mundo. Em nós e também nos outros. Nos que amámos e nos que ficaram para trás. E nos que hão-de voltar um dia, de novo, porque os que amam realmente, acabam por perceber que não é preciso mudar. É apenas necessário aceitar. E é aí que regressamos aos corpos que um dia foram nossos e ao cheirá-los de novo nos voltamos a sentir completos e perfeitamente vivos, para além de lúcidos.
18.10.2007

Esta manhã, ao acordar tive a surpresa que me quiseste dar.
Esta manhã senti-me como se não tivessem passado quase (20) vinte anos.
Amo-te.

17 outubro 2007


Subitamente o tempo passou.
Agora, muito mais crescido, sem fralda, separados por muitas fronteiras, montanhas, lagos e rios, reconheço ainda o menino que tive nos braços.

Os últimos dias têm sido cheios de doenças terminadas em ite.
Regressamos, lentamente, à normalidade.
Diga-se de passagem, que a mim, a normalidade quase não deixou de fazer parte do dia a dia, mas eles estão muito mais à frente que eu...

Músicas da minha vida


If you've got love in your sights

Watch out, love bites

When you make love, do you look in the mirror?

Who do you think of, does he look like me?

Do you tell lies and say that it's forever?

Do you think twice, or just touch 'n' see?

Ooh babe... ooh yeah

When you're alone, do you let go?

Are you wild 'n' willin' or is it just for show?

Ooh... c'mon

I don't wanna touch you too much baby

'Cos making love to you might drive me crazy

I know you think that love is the way you make it

So I don't wanna be there when you decide to break it

No!Love bites, love bleeds

It's bringin' me to my knees

Love lives, love dies

It's no surprise

Love begs, love pleads

It's what I need

When I'm with you are you somewhere else?

Am I gettin' thru or do you please yourself?

When you wake up will you walk out?

It can't be love if you throw it about

Ooh babe

I don't wanna touch you too much baby

'Cos making love to you might drive me crazy

Ooh... yeah

Love bites, love bleeds

It's bringin' me to my knees

Love lives, love dies

If you've got love in your sights

Watch out, love bites

Yes it does

It will be hell

13 outubro 2007

A Minha Mãe


Obrigado Mãe.
Atrasados, mas sempre de coração cheio.
13.10.2007

A luz que nos trazia juntos esqueceu-se de um de nós.

Fiquei para trás e tu não deste pela minha falta.

Ou terei eu seguido em frente sem ter dado pela falta que me fazes ao lado ?

13.10.2007

O vazio que o silêncio sem gestos, sem olhares, sem sorrisos, sem palavras destituídas de qualquer sentido, me deixou despregou-me os pés do chão e deixou-me ir ao sabor do vento. Decidi, hoje, de uma vez para sempre, não voltarei a lutar conta as marés, deixar-me-ei ir ao sabor do vento e assim acabarei por desembarcar numa praia, como um tronco velho, mas serei apenas eu, já liquida de tanto navegar, perdida, à tua procura, por um mar que nos juntou um dia e também nos afastou de todas as vezes que partias naquele barco para a outra margem.

11.10.2007

10 outubro 2007


A distancia entre nós que se adensou.

A falta que me faz encontrar algum conforto na dor.

A saudade que me invade todos os dias na cama vazia de nós.

A tristeza dos teus olhos liquidos onde os peixes navegam.

A mágoa que tomou conta de mim nos últimos segundos.

Para sempre. (?)

11.10.2007

És como um fado em mim.

Sou a constatação da saudade viva em mim, depois de tantas vezes não ter reconhecido a felicidade ao teu lado.

Não oiço o mar, não sinto o sol a bater-me na cara, menos ainda, sinto os teus dedos a tocarem a ponta dos meus.

É este o meu destino. O meu fado. Carregar a tristeza que recebi de ti e mantenho viva. Dia após dia.

11.10.2007

09 outubro 2007


Apresento-vos a Rita.
Com todo o Amor do Mundo.
09.10.2007

Para o ano regressa mais Primavera. E o que morre agora regressa, mais viçoso.


9.10.2007

Reencontros


Ouvir a tua gargalhada tantos anos depois fez-me aflorar à pele o cheiro da juventude que trazia estampada no meu riso tomando-a como eterna.
Que saudades que tinha de te ouvir rir.
9.10.2007

Hoje cravei as raízes no passado para reconstruir o meu futuro.
Hoje não és mais que uma ténue lembrança de um fim em mais um recomeço.
9.10.2007


Foste que me deste esta tristeza que trago cavada, funda, no peito. Ofereceste-ma tu embrulhada em fitas de cetim de um encarnado enganador. Já não posso entrar na tua vida, logo eu que de menina ingénua e etérea já não tenho nada, por outro lado a loucura e os devaneios de te fingir em carne e osso, de alma viva e entregue a mim mantêm-se inexoráveis. Levaste-me a vida para longe e eu finjo que te aprisionei a alma por entre os meus dedos como se fosses um passaro à procura de liberdade. Esta tristeza que trago em mim, que foste tu que ma ofereceste, e que eu faço gala em manter viva em mim, permanentemente, cegou-me de uma forma primitiva pois não me permito deixar ver o tempo a passar como se ele pudesse ficar paralisado no relógio e nos ponteiros da vida. Nesta vida que me deixo agora viver, aquela que me vive depois de me teres fugido por entre os braços, os amores, os suspiros e os beijos não tem quaisquer diferenças entre a vida acordada, a dormir ou em estar morta. Nada difere. Só tu poderias alterar esta letargia, se cá ainda estivesses.

3.10.2007

05 outubro 2007

A nossa casa



A nossa casa, Amor, a nossa casa!
Onde está ela, Amor, que não a vejo?
Na minha doida fantasia em brasa
Costrói-a, num instante, o meu desejo!

Onde está ela, Amor, a nossa casa,
O bem que neste mundo mais invejo?
O brando ninho aonde o nosso beijo
Será mais puro e doce que uma asa?

Sonho... que eu e tu, dois pobrezinhos,
Andamos de mãos dadas, nos caminhos
Duma terra de rosas, num jardim,

Num país de ilusão que nunca vi...
E que eu moro - tão bom! - dentro de ti
E tu, ó meu Amor, dentro de mim...


Florbela Espanca

Não sei se te olho com desprezo ou se te olho apenas com a raiva que me faz mover para a frente. Todas as vezes que me disseste amo-te, uma palavra sem qualquer sentido na tua boca, cheia de falsas esperanças e de construções de frágeis alicerces. A nossa estória de amor não foi mais que um grão de areia numa praia deserta. Nem as gaivotas foram dele testemunha. Nós os dois, eu, loucamente apaixonada, tu, enlouquecido de desejo pelos meus flancos com cheiro a África e a Índia. Sabes que foi ali que me entreguei toda a ti, nua sem quaisquer roupagens que me tapassem o coração e o corpo. Pela minha boca saíram-te as mais belas promessas de vida e de desejo, dei-te o prazer sugado do fundo do meu sexo sem pejo, nem meias medidas. Depois de te saciares, deixaste-me ali, só, naquela longa e imensa cama de areia, sob as estrelas que fizeram de dossel enquanto nos amámos e fingimos ser peixes voadores em águas quentes.


1.10.2007

03 outubro 2007


Jura que vais olhar-me sempre com esse olhar cheio de amor para mim. Promete que vais partilhar sempre a cama comigo e também a vida. Jura que vais dar-me sempre a mão, nas boas e ainda mais nas más horas. Promete que quando o ciúme te fizer arder o coração vais pensar vinte vezes. Jura que quando a saudade te enfraquecer o coração e a memória se diluir não me vais esquecer por completo. Promete que quando voltares a sentir o amor, depois de eu ter passado na tua vida, vais amar uma nova vida que valha a pena.

30.09.2007

02 outubro 2007

Amor que morre




O nosso amor morreu... Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!

Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...

Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.

E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!


Florbela Espanca

01 outubro 2007


Todos dias ao acordar digo para mim mesma que acabou tudo, que recomecei e que deixei para trás tudo o que me pudesse prender ao passado como um fio invisível, mas demasiado poderoso para ser quebrado e que não me deixava seguir em frente, tal era o peso das memórias que carregava atrás de mim todos os dias. E, ao abrir os olhos, todas as manhãs convenço-me a mim própria que já acabou, que tudo, já, passou. Que recomecei uma nova etapa da minha vida deixando para trás aquela em que vivia segura de ti, tal como uma dependente, agarrada a todos os sorrisos e palavras de contentamento que me pudesses dar algumas vezes por dia, e, que no total, não somariam mais que umas gramas de dispersa alegria e euforia. Não chegavam nem sequer para ter uma verdadeira e alucinante viagem. Mas ainda assim, és como uma droga. E não me sais do sistema. E o teu sorriso, que se dilui cada vez mais na escuridão da minha vida, sorri para mim, apenas mais uma vez. E aí, sim, levanto-me e convenço-me que tudo acabou. Sorrio.

28.09.2007