29 maio 2009

PASSADO



O passado, repentinamente, espreitou-me aqui, no presente e admito que fiquei nostálgica. Súbito, recordei-me de uma série de eventos, que tinha fechado dentro de uma arca de ferro e escondido longe da vista, de mim e da memória, para assim não tropeçar em ti quase todos os dias. Admito, esqueci-me de muitos pormenores. Não me recordo das primeiras palavras, não me recordo da primeira vez que fizemos amor, não me recordo da primeira noite juntos. Tantos pormenores que esqueci e me forcei a manter afastados das lembranças. Não me recordo do nome do teu pai. Não me recordo da cara da tua mãe. Não me recordo de uma qualquer caracterísitca específica que tivesses; um sinal, uma marca. Mas recordo a sensação de profundidade nos teus olhos e a suavidade dos teus cabelos. Até da medida exacta dos teus ombros, quando abraçados por trás. Esqueci a tua altura, o teu cheiro (embora por vezes tenha reminescências dele) o sabor da tua língua e a fresquidão do teu colo. Mas recordo perfeitamente ao que sabia o colo da tua mãe, o sorriso do teu pai e a tua mão na minha. Não. Já não te amo. Definitivamente. Mas pensei, depois de ter tropeçado em ti, todos estes anos depois, como poderiam ter sido as nossas vidas se as coisas tivessem sido diferentes. Junto com o amor, vinham também as pessoas ideais. Mas quando o amor se foi, elas também partiram. Contigo. Durante anos não percebi as tuas atitudes. Mas todos estes anos serviram para me mostrar que as pessoas, todas elas sem excepção, também têm um lado osmbrio. Mau. Tu não poderias ser diferente. Mas embora me tenhas amado mais que a maioria e tenha levado anos a procurar-te noutros homens, percebi que não me conheceste mais que todos os que cruzaram na e a vida comigo. Não me conheceste quase nada. Por isso no fim restou nada mais que uma ilusão. Não chegou, sequer, a ser um sonho. Não passou de uma ilusão. A ilusão que os grandes amores duram para sempre.


Mas ainda continua a achar que o que vinha com o teu grande amor teria sido perfeito.

Aos passados quase esquecidos.


01.06.2009

25 maio 2009

SERENIDADE


AGOSTO 2009
És assim na palma das minhas mãos. Agora. Liso e cheio de ternuras que antes não te conhecia. És assim, agora, nas minhas memórias, calmo, cheio de um Amor que mantemos só nosso, nos dias de todos os dias.
É assim que somos no centro da paixão, que ainda nos invade, cheios de serenidade.
Serenos. Amantes. Cúmplices.
25.05.2009

23 maio 2009

LUDGERO - UM LUTADOR












MAIO 2009

A pedido de quem tem saudades...


Continuo a jogar futebol nos Pelezinhos e já tenho 15 golos marcados no Campeonato Distrital dos complementares de Setúbal deste ano.

A minha equipa está em 1º lugar, sem nenhuma derrota e com o maior nº de golos marcados.

Joguei em todos os jogos deste campeonato.

Estou a crescer e a chegar à idade em que vou ter a mania que vou sempre saber mais e melhor que os meus pais. Mas ainda sou um puto fixe.

IVO - O LUTADOR








MAIO DE 2009

A pedido de quem tem muitas saudades...
Já sou cinturão laranja, treino com o Mestre Alfredo Rosa no Vitória Futebol Clube, desde Outubro de 2008, estou a crescer e porto-me (quase) bem.

A escola está a correr muito melhor este ano e eu sou um aluno aplicado. Só tive bons a Estudo do Meio (o resto não é tão importante...).

22 maio 2009

OUTUBRO DAS NOSSAS VIDAS


COMPORTA, OUTUBRO 2008



Existe um poema que me fala de Outubro. O mês de Nossa Senhora, o melhor mês de férias que já tive, o fim do Verão, que teima em ficar mais um pouco. Os dias ainda quentes, as noites já frias, as madrugadas geladas junto à nossa praia. As saudades que sinto todos os dias, os dias que passam a correr, o crescimento acelerado que os assoberba, a vida a escorrer-nos por entre as mãos, o tique taque do relógio que não pára.
Depois olho para eles, sinto-os a dormir naquele espaço perfeito, à exacta medida deles, dentro dos meus braços e posso fechar os olhos e pensar que o final do Verão vai regressar.
Quem tem saudades do mar ?
22.05.2009

CONCLUSÃO (ÕES)

Comporta, Outubro 2008

Reli-me.

Andei para trás, vários meses, após a minha longa paragem.

E assustei-me com o sofrimento que transbordava todos os dias de mim.

Reli-me, depois do recomeço.

Fiquei mais assustada.

Terei mudado assim tanto nestes meses de aprendizagem, onde nada partilhei aqui?
Ou terei fumado muita areia da praia e melhorei apenas o meu estado de espírito?
2.05.2009

O NOSSO REENCONTRO

Verão 2008


Ali, do outro lado da margem. É onde nos encontramos. É ali que pomos a mão de um na mão do outro. É ali que nos fazemos (mais) nossos e de cada um. É ali, do outro lado do rio, onde os nossos corpos voltam a tocar-se, as bocas molhadas a encontrar-se, as minhas mãos a regozijarem-se no vale das tuas costas deitadas e as tuas por entre as minhas dunas. É ali. Já ali tão perto, do outro lado do fim da linha de água. É ali que te tenho e te faço meu e te dou o meu Amor no meu Amor. E Recebo o teu.
22.05.2008

21 maio 2009

CAMINHAR LADO A LADO


Continuamos a caminhar lado a lado.
Levámos anos a consegui-lo. A passada certa, o compasso ideal, o ritmo perfeito (que também se desapazigua). Mas agora, neste momento de sintonia dura, ídilico, até encontrarmos novos caminhos. Pois, nenhum dos dois espera que a vida seja para sempre perfeita. Temos é sempre (agora) a esperança, viva, de que saibamos, num futuro, que mais tarde ou mais cedo se há-de avizinhar, aprender a compassar os passos de novo.
A vida é, definitivamente, um círculo. Que por vezes se transforma num triângulo, outras num rectângulo, muitas vezes num linha recta ou, cheia de curvas, sem fim. Mas é, quase sempre um círculo. E por isso, sei que basta seguir em frente, não atalhar caminho a foice (o que é tantas vezes difícil não fazer) e ter os olhos no que vai chegar a seguir. Que até pode ser muito depois. Mas acabará sempre por chegar. E se estiver destinado a que assim seja, caminhar lado a lado, continuaremos assim.
É por isso que é um círculo. Acabamos por passar nos mesmos locais, com outra cara ou com outra visão. Por isso tudo nos parece sempre tão diferente do que realmente é. Mas fomos nós que mudámos. Não as coisas à nossa volta. E a forma como as encaramos daí para a frente isso sim, fá-las terem outra aparência.
Nem sempre é fácil. Mas também não é sempre difícil.
É por isso que gosto de caminhar ao teu lado.
Amo-te.
É bom estar em paz.
21.05.2009

19 maio 2009

FAMÍLIA

Verão 2008

Entre descobertas felizes, promissores acasos, cartas escondidas, amores redescobertos, os pôr-de-sol excepcionais, encotrámo-nos os quatro, nos abraços de uns e de outros, nos beijos quentes e seguros nas nossas mãos.

É sempre bom recordar, para repetir no Verão que já se aproxima.

19.05.2008

O AMOR


Agora tenho saudades do teu corpo no meu; Hoje acordei com a tua respiração no meu pescoço, o teu queixo no meu ombro, a tua mão na minha anca, a tua perna entrelaçada na minha; Hoje acordei, suave, contigo em mim e eu em ti.
A areia da nossa praia está à nossa espera.
Sorri agora. Não estarei a olhar para ti, mas irás alegrar-me o coração.
Amo-te.
19.05.09

18 maio 2009

Pedra sobre Pedra


Os dias têm passado, uns após os outros.

Lentamente. Mas de forma a que te tenha tido sempre. Um pedaço de céu aqui. Um pedaço de calor ali. O tamanho exacto dos teus abraços. O cheiro da tua almofada depois do beijo de despedida. A tua perna enrolada na minha durante a noite. O côncavo da tua mão na minha, fechada, dentro da tua.

É assim que a vida, subitamente, ensinou-nos a ser felizes. Com o que temos. Um com o outro. Um dia após o outro. Pedra sobre pedra.

E redescobri o prazer de sorrir (quase) todos os dias.

Amo-te. Também a ti.

18.05.2009

17 maio 2009

Principezinhos

IVO

LUDGERO




VERÃO 2008



Súbitamente já não és tão criança.

Agora, pensas, que já és quase um homem.

Ainda não o és. Completamente.

A prová-lo estão as noites em que ainda te metes na minha cama durante a noite. Que ainda és um dos meus meninos.

Já te levantas de manhã e não precisas da minha companhia para beber o leitinho, que fizeste sozinho. Que já não és tão menino.




Estás a crescer. O tempo a passar. Tão rapidamente. Mas ainda me conheces o cheiro durante a noite e o espaço exacto do meu antebraço onde se encaixa a tua cabeça durante a noite.



Amo-te meu principezinho. Vezes dois.



Sempre.



I.



17.05.2009

13 maio 2009

Saudades


Hoje, ao cruzar-me com a Ritinha, lembrei-me do meu querido blogue.

Se fosse uma artista com a net fazia um link para um texto antigo e percebiam o porquê das saudades que a Ritinha me despertou.

Esta noite vou procurar o livrinho que a Ritinha me ofereceu, julgo que no 10º ano, para escrever os meus devaneios.

Também fui feliz por tua causa, Ritinha.

Obrigada.



P.S. - Se procurares bastante para trás, vais recordar a nossa adolescência.