04 junho 2009

O NOSSO MUNDO


O mundo está quase sempre aos nossos pés, agora. São águas lentas e calmas, aquelas por onde agora passeamos. Nem sempre foi assim, mas como o passado ficou no pretérito (imperfeito) agora não precisamos de conjugar essas memórias. Apenas viver, um dia de cada vez, sorrindo, amando, abraçando, beijando o nosso novo estado. O estado de felicidade, para o qual, por vezes, ainda temos dificuldade em aceitar. É mais fácil ser infeliz, mas não saberia sê-lo de novo, todos os dias. Os sorrisos pendurados em bochechas a cheirar a bolo de iogurte, as mãos dadas debaixo do lençol enquanto esperamos pelo sono, os beijos sonolentos, os mimos da manhã, o leite morno com bastante chocolate que espera na mesa, o assalto às torradas do Pai, as palhinhas divididas pelos manos, a colher para a Mãe raspar as bolhas de chocolate do fundo das canecas. Também existem gritos, nervos e irritações. Mas passam logo de seguida. É bom descobrir o mundo convosco ao meu lado. Para alguns, pela primeira vez, para nós, pela segunda. Agora, de forma mais eficaz. Agora realmente juntos. Agora com o sol a brilhar mais vezes. E nos outros dias fingimos que não... que não passa de um pedaço de má disposição. E é por isso que fazemos amor. E é por isso que sorrimos. E é por isso que nos abraçamos. E é por isso nos beijamos. E é por isso que todos dizemos que somos felizes. O céu é do tamanho do mar e está sempre azul.
04.06.2009

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