29 outubro 2009

Pai, Mãe e 2 Manos e quem a cegonha trouxer de Paris - por enquanto



Desengane-se quem achar que o meu querido blogue deixará de ser lamechas e passará a ser um babyblog a tempo inteiro.






1. O tempo já não é quase nenhum, pois então, não teremos outro remédio, senão dividi-lo e transformá-lo num pedacinho maior.






2. Claro que se tornará ainda mais lamechas. Agora poderei culpar as hormonas e não só a mim. Os sonhos duplicam, assim como eu espero duplicar (apenas na zona uterina) e claro, com os sonhos vêm os ideais, as ilusões - ora pois que elas também fazem parte - algumas desilusões e outros afins de que agora não me recordo (culpa da péssima memória e das hormonas, que elas, também, são culpadas de tudo agora).






3. Alguns dias mais, outros menos, sinto-me uma super Mãe que irá dar conta de tudo.



Noutros, ao final do dia, quando o cansaço se apodera, penso; "eu estava completamente maluca ou passei-me de vez?" Claro que é àquela hora em que a exaustão já nos agarrou pelos colarinhos e as pernas já não obedecem, quanto mais o cérebro, que eu penso isto.



Depois de manhã, quando estamos todos aflitos para ir à casa de banho em fila indiana, à espera de vez, eu volto a pensar o mesmo. Na hora de sair, com os gritos de "despacha-te, és sempre o mesmo, ajuda-me, não fazes nada, sou sempre eu" o pensamento toma-me de assalto, que isto vezes cinco deve ser dose - cinco, subetenda-se um pai (que vale como um filho), uma mãe que de manhã, em piloto automático não vê nada, mais três filhos, um quase grande, outro quase grande, com a mania que há-de ser pequeno para sempre e outro que ainda mal se vê mas já dá que fazer.






4. As horas agarradas à sanita são algumas, não muitas, que o nausef deve ser uma das melhores invenções dos últimos anos (eu fui Mãe há uma década atrás - não existiam estas modernices).



Numa semana foi de tal ordem que estive tentada a pôr o nome de Madalena (nome da sanita onde me debrucei algumas vezes) mas depois achei uma injustiça com a minha própria sanita, aquela que me tem acompanhado nos últimos 13 anos, se não desse o nome dela a este filho que aí vem, mas ao ler o nome dela fiquei assustada: sanitarius.... a do trabalho, que me tem feito companhia nalgumas ânsias - poucas graças a Deus (que isso não dá lá ar de grande profissional: saiam da frente que tenho de vomitar) - valadares.



Ora, para rapariga não me parece lá muito engraçado na primária, nem por essa vida afora e para rapaz, embora, sem dúvida, com um ar másculo, lá de feio não passa ele.



Resolveram o problema os rapazes que decidiram que o nome seria com eles. O filho quase grande e o filho também quase grande com a mania que será pequeno para sempre decidiram - claro que deram ouvidos ao Pai, mas não à Mãe (coitada, ela não tem grande importância, carregará durante 9 meses, parirá com dor, mas não tem grande escolha no nome). A modos que se nascer rapariga está decidido o nome.



Para rapaz a coisa está a modos que mais complicada. Andamos em voltas e círculos, às vezes em quadrado também, mas ainda não houve decisões de monta; "esse não, que me lembra um colega muita parvo, esse nome não que parece de maluquinho, esse ainda pior, esse que é grande, esse que não tem diminutivo" e por aí fora.



Claro que não partilho ainda convosco os nomes na mira.






5. O tempo passa a correr, mas queria que passasse ainda mais depressa. O medo ainda é grande e e acho que desta vez só ficarei descansada quando o/a tiver nos braços, cá fora, grande, bonito e perfeito (aos meus olhos - de preferência aos vossos também).



Por outro lado, quero que o tempo passe a passo de caracol, bom a bem da verdade, rápido até às 20 semanas e devagar a partir daí.



Até às 20 semanas ninguém nota, temos de contar a todos para partilharem connosco a nossa alegria e não se sente a criança aos pontapés. Depois daí em diante, sim, pode passar devagar para curtir bem esta minha última gravidez.






6. O Pai ainda está em choque. De vez em quando volta a tremer descontroladamente. Mas quero crer que lhe passará dentro em breve. - Este recado é para ti mesmo!!!



Coitado, nunca pensou que com a falta de pontaria dele conseguisse acertar tão rapidamente no alvo outra vez. Mas Deus escreve direito em linhas tortas. Se não deixar de tremer dentro em breve, pois teremos que o levar ao médico para ver se ele tem algo mais para além do MEDO. Mas também lhe posso sempre oferecer um cão. Claro que a esta altura seria de peluche, que tão maluca assim, também não serei.






Hoje chegámos às 8 semanas.






Obrigada a todos os que nos tem apoiado.

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