24 fevereiro 2007

A espera


Aguardo. Aguardo ainda na pele o cheiro orvalhado da manhã a romper no horizonte. Espero. Espero ainda pela sensação de mar a encher-me o corpo ao fim da tarde enquanto o sol se deita além no horizonte. Aguardo. Aguardo ainda a tua voz. Uma explicação. Uma palavra. Um sentimento. Espero. Espero ainda o toque das núvens num dia de sol quente e de céu maravilhosamente azul enquanto eu me amanso na areia branca. Aguardo. Aguardo ainda o sorriso cheio e a alma leve. Espero. Espero sempre um dia que a calma e a paz regressem a mim.


22.01.2007

2 comentários:

joão marinheiro disse...

Podemos esperar uma vida. As explicações tardam sempre e as que chegam, se porventura chegam, vêm atrasadas, fora de validade.
Restam-nos a nós os resistentes. As partidas e as chegadas.
Abraços deste lado do nosso mar.

algevo disse...

João,

como é bom saber que as minhas palavras te fazem todo o sentido.

beijo, aqui de onde o rio se voltou a juntar com o oceano. Definitivamente.

I.