21 fevereiro 2007


Sou como um peixe a nadar num aquário que me impede de fugir para o mar aberto. Não corro o risco de ser devorada por um peixe maior e mais poderoso. Mas também não vejo o mundo. Sinto-me enclausurada. Fechada e amargurada. Quero deixar o passado lá atrás, não quero continuar a carregá-lo como uma mala carregada de entulho, não se distinguindo o que se deve aproveitar e o que deve ser deitado fora. Sinto os meus dias vazios de ti, com as tuas mãos que um dia me deste. Desenfreada, em imperfeito descontrolo, bato contra as paredes de vidro na ânsia de me soltar e de me debater com algo palpável como a falta de ar e esquecer-me das dúvidas e das incertezas.



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Lentamente deixo-me ir.



Algo acabará por suceder.



22.01.2007



6 comentários:

joão marinheiro disse...

E quando regressas???
Fazes falta!
beijos grandes grandes

algevo disse...

Obrigada meu querido Amigo.

Regresso agora.

Sempre.

Beijos

I.

Anónimo disse...

gostei muito deste texto! vi-me nele; carrego o passado ás costas e é algo que dói muito. mas também é um passado que eu ao mesmo tempo não quero deixá-lo lá atrás. e carrego essa mala sozinha sem ter ninguém com quem falar.
Beijinhos e continua a publicar textos bonitos

algevo disse...

Cássia, o passado é intrinsecamente parte de nós, e por pesada que seja a mala temos de a carregar sempre connosco, mesmo que a ignoremos por longos períodos de tempo. Mas é também, esse passado que carregamos às costas o que faz de nós o que somos hoje.

E falar abre o coração. Torna-o maior.

Bem vinda às fadas.

Continua a vir até aqui.

Beijos.

Anónimo disse...

Obrigado, esses palavras foram aconchegantes:)
Vou cá vir maais vezes
Beijos
www.k1ss31.blog.pt/

algevo disse...

:))

volta sempre..............~

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beijos

I.