13 junho 2007




Peço-te. Peço-te muito. E peço-te com força e com medo e com terror e com esperança. Peço-te que te vás da minha vida de uma vez por todas. Não olhes para trás. Não derrames o teu olhar de piedade sobre mim, e, que consigas ser feliz e que encontres de uma vez por todas o amor que eu não te sei dar e a mulher que te faça feliz com o amor que tu queres. E que eu possa ser também feliz, que alguém me seja fiel, que alguém me seja eternamente amante por um amor que não pára de crescer e que não para de querer agradar.

Descobri hoje que gostas de ser infeliz. Gosta de ser infeliz, profundamente infeliz. Mas sempre me ensinaste que era eu que assim te fazia. Mas não. Tu é que o és e não permites que os outros à tua volta sejam de forma diferente da tua. Não quero mais que sejas infeliz.

Procura outro amor, desses que gostas de ter, que anseias por ter, desses amor – gaivota que voam para longe mas regressam sempre à procura de restos, mesmo que putrefactos, quando nada mais resta. Desses amores que não se afastam com receio. Sabes que eu não sou assim, sabes que preciso de me afastar, mas sabendo de antemão que quando o regresso se der não me há-de esperar uma cara fechada e amuada por outros motivos também me fazerem sorrir.

31.05.2007

2 comentários:

João Carlos Carranca disse...

Como sempre passei por aqui. Mas ultimamente me têm faltado as palavras para as poder falar. Acho que as gasto todas no vai e vem no final do zulmarinho.
Tenho algo salgado a correr pela cara. Será lágrima ou será uma gota do mar que me salpicou?

algevo disse...

Meu muito querido Jota, Seja lágrima ou seja gota de mar é sempre bom. Qualquer uma é sinal de estamos vivos.

Senti-te nostálgico, mais do que o costume. Naquela altura.

Agora vou recuperar a leitura e ao pôr em dia a atrasada revejo então se continuas apenas nostálgico e parco em palavras.

Depois de férias, realtivamente curtas, mas suficientes para levantar até um morto regresso, espero que com mais tempo agora.

Beijos, assim gigantes, de te saber bem, de te ler, de me rever no teu vai e vem das ondas do teu zulmarinho.

I.