24 fevereiro 2010

As semanas, os meses, os anos

Chegámos - sem pressas - às 25 semanas. Os dias trasnformam-se rapidamente em semanas, estas em meses e estes em anos.
Isso se revelará, também, com este rapazote lá mais para a frente.
Começámos a ultimar os preparativos a sério. Discute-se a cor do carro, a cor da cama, tomam-se decisões, vão-se buscar os emprestados (Ritinha, és inexcedível...) ultimam-se os preparativos, tomam-se decisões e começa a preparar-se a roupa que servirá para os primeiros dias.
Já sei que sou apressada e que é cedo, mas eu sou assim. Mais vale um passáro na mão que dois a voar. E não gosto de ser apanhada desprevenida nas curvas da vida.
As listas são infindáveis, mas começam a encurtar. Como o tempo. Graças à Ritinha, ao cartão visa - nosso amigo inseparável nas últimas saídas - e quando formos ao outro lado, matar saudades do mar, veremos o que ainda temos nos confins das lembranças de anos que passaram demasiado depressa para todos nós.
Será aí que acertaremos definitivamente o que temos e o que nos falta para acertarmos agulhas com as compras que nos faltam.
Fico louca com o tamanho das fraldas para recém nascido, tão minúsculas, que me dá vontade de ir comprar um nenuco, um careca ou boneco assim tão pequeno onde sirvam aquelas coisas.
Os manos continuam à beira da loucura, mas um pouco mais calmos. O mano quase grande anda ocupado a (tentar) ser um melhor estudante e por isso tem falado menos com a "barriga", mas tem sido um verdadeiro amor ao fim de semana e ajuda-me imenso e apalpa-me a barriga e diz, do alto dos seus, agora, 12 anos: "Vai descansar que tens a barriga dura!".
O mano quase grande - com a mania que será pequeno para sempre, fala (sem parar - como a Mãe...) com a barriga. E está convencido que o bebé irá conhecer perfeitamente a sua voz quando nascer. Adora dormir abraçado à barriga e delira sempre que sente o bebé. Não ajuda quase nada em casa. A frase que mais se ouve é: "Esqueci-me".
O Pai está feliz e participativo, embora o acumular de pontos no cartão visa não o convençam a comprar tudo de uma só vez...
Eu ... estou feliz, a crescer, com novas estrias, e muito cansada ao final do dia.
Faço tudo bem, durmo quase 10 horas (a acordar e a sonhar horrivelmente toda a noite) mas de manhã e ao final do dia o cansaço abate-se sobre mim de tal forma que só me apetece abraçar o sofá e já não me mexer.
O Bernardo adora o sofá (querem melhor desculpa?) e que eu esteja deitada sobre o meu lado esquerdo. Mexe-se muito ao final do dia, quase sempre e vai dando sinal de si ao longo do dia muito suavemente.
Não gosta que tenha a barriga destapada pois pára logo de se mexer.
Quero muito que passe devagar, mas quero mais ainda tê-lo nos meus braços.
Setúbal, 25 de Fevereiro de 2010

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