05 março 2010

Todos nós...

E de repente fiquei pesada. Não foi bem assim de repente, mas subitamente, todos os dias à mesma hora, ao final do dia fui ficando mais e mais cansada.
Só (!!!?????) aumentei 4 kg (na verdade 3,200 se os cálculos forem reais e bem feitos) mas ao final do dia fico pesada, pouco ágil e com uma preguiça gigante (como uma também) o que me leva a ficar 2 horas a olhar para as escadas de casa (2º andar sem elevador, amigos) a pensar como vou ter coragem para as subir. Mas pronto, estou a exagerar, vá... levo meia hora, que o jantar não se faz sozinho e a casa não se arruma por pensamento.
De resto estamos todos bem. E felizes. E contentes. E o tempo a passar.
Se por um lado continuo a querer que o tempo passe mais depressa para conhecer o Bernardo e tê-lo nos braços, beijá-lo e cheirá-lo, amá-lo olhos nos olhos, por outro lado agora sim, começo a gozar plenamente a barriga (barrigona). Os pontapés em jeito de resposta, as cócegas no fundo, o ajeitar à noite para ambos dormirmos confortáveis, os toques ligeiros quando vou à casa de banho a meio da noite para me dizer que tudo está bem. E sim, vou sentir muito a falta de tudo isto. E nem quero pensar que será a minha última barriga e que será muito pouco provável voltar a sentir tudo isto. Mas não pensemos nisto agora.
A última consulta foi óptima. Continua tudo bem. Faremos uma nova eco no final do mês para avaliar o crescimento do rapazote. E sem dar por isso chegámos às 26 semanas.
Já começamos a ter tudo pronto. Ainda tudo muito desorganizado. Mas começa a ter tudo mais ou menos delineado. Faltarão duas ou três coisitas importantes logo para as primeiras semanas - como o berço, que a chuva nos impediu de trazer para casa - mas de resto só faltam as coisas para mais tarde. Sim, porque ele irá crescer. Embora todos queiramos que o tempo passe a passo de caracol depois do nascimento.
Os manos estão grandes, felizes e maravilhosos.
O mano quase grande - que desconfio que já não será quase pequeno por muito mais tempo - está mais dedicado à escola (se não melhorares as notas sairás do futebol, meu amigo - surtiu um grande efeito) e ajuda muito em casa, o que a mãe agradece do fundo do coração.
O mano quase grande com a mania que será pequeno para sempre - e que definitivamente não crescerá nos próximos anos - continua igual a ele próprio, todos os dias arranja um novo sítio para a mochila da escola e de manhã não se lembra qual é... e acordou-me hoje às 2 da manhã e perguntou-me: "Mãe, posso dizer-te uma coisa?", e eu respondo - com uma vontade irreprímivel de arrancar os olhos: "sim filho" e ele diz-me: "Mãe amo-te", cai(mos) para o lado e começa(ou) a ressonar. É maravilhoso... mas será que ele me podia fazer estas declarações de amor ao final do dia e não a meio da noite? Alguém lhe explica que a noite serve para o cérebro não funcionar?
O Pai continua igual a ele próprio. A esta nova versão, muito mais light, de bem com a vida e feliz, que descobriu à poucos anos. É claro que me pergunta a tudo o que quero comprar para o bebé: precisamos mesmo disso? Mas acaba por ser o casamento perfeito: a extravagancia com a sovinice, o que encontra sempre um meio termo quase perfeito (um dos dois acaba amuado por umas horas).
Tenho um vestido maravilhoso para vestir com tempo agradável: mandam vir tempo feliz e agradável, como a minha família, para eu o poder vestir? Estamos fartos do frio e da chuva.
Setúbal, 5 de Março de 2010

1 comentário:

joão marinheiro disse...

deixo um abraço em tempo de chuva ainda e de sol que vai chegar e de luz...