13 outubro 2007


O vazio que o silêncio sem gestos, sem olhares, sem sorrisos, sem palavras destituídas de qualquer sentido, me deixou despregou-me os pés do chão e deixou-me ir ao sabor do vento. Decidi, hoje, de uma vez para sempre, não voltarei a lutar conta as marés, deixar-me-ei ir ao sabor do vento e assim acabarei por desembarcar numa praia, como um tronco velho, mas serei apenas eu, já liquida de tanto navegar, perdida, à tua procura, por um mar que nos juntou um dia e também nos afastou de todas as vezes que partias naquele barco para a outra margem.

11.10.2007

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