07 janeiro 2010

18 SEMANAS

Chegámos às 18 semanas (devagar e demasiado rapidamente!).

Felizes. Muito felizes. Tão felizes que já estou como a outra que parece que virá de lá um raio – de certezinha absoluta – e que estragará tudo isto…

Bom, vamos lá a novidades.

Não me apetece escrever. Ando com uma branca total. O meu cérebro anda vazio e só pensa em bebucas, pequenos e grandes. E sabem bem que eu ainda tenho 3 lá por casa (do lado de fora da barriga) não é verdade???

Fico quase cansada de explicar ao Pai, o filho grande que não se convenceu ainda de que é adulto, o porquê de não se vestir babygrows de inverno a bebés que nascem na altura do calor. Mas se não vestem isso, porque têm de ser de manga comprida? Podia bem andar só de fralda e poupávamos uns trocos. Ai, ai, Tio Patinhas, Tio Patinhas…. Fazer explicar que uma muda de roupa para 1 mês pode não durar até aos 6 meses é difícil… E que vestir algo de 6 meses a um bebé acabado de nascer também pode ser complicado, ainda é mais complexo!
E a questão do(s) carro(s), então, já tem barbas. Qualquer dia os pneus estão carecas. Duo, trio, com air - bag, sem air - beg, com rodas pequenas, com rodas grandes, duplas, que se vire, que não se vire, que se desmanche todo, que ande, que faça sei lá o quê (qualquer um esmorece ao ver os preços, não lhe tiro toda a razão). Mas chego lá. Ai chego, chego.

Para o filho quase grande, então, é uma maravilha. Tudo é fantástico, tudo faz falta. Por ele já teríamos comprado tee-shirts para 4 anos com os Kiss e com o Super - Homem. Tem sido um companheirão. Beijos, abraços e muitas ajudas não me faltam, nunca, dele.

Para o filho quase grande – com a mania que será pequeno para sempre - a conversa tem sido igualmente boa, mas diferente. Anda, literalmente, sempre pendurado em mim. Beijos, abraços, mimos nunca me faltam dali. E tempo para lhe dar atenção não me chega, também, nunca. Também participa, de forma activa, mas mais discreta, dá beijos e conversa com a barriga todos os dias para que o Bernardo o reconheça logo que chegar. Mas tem que dormir connosco – Mãe, Pai ou Mano – rigorosamente em forma de lapa, ou seja: sempre agarrado. Perninha, bracinho, dedinho, mãozinha, tudo serve para agarrar quem está ao lado. Admito que não me custa dormir com ele, pois gosto daquela “lapice”, mas para o Mano – o super Mano – é difícil, pois ele gosta de dormir à larga e sozinho. Mas pronto, levará os seus dias a perceber que nos nossos corações cabe sempre mais um e que o lugar dele jamais estará em risco. Mesmo quando te portas mesmo muito mal, ouviste melga?

Às 22h estou, regra geral, às turras com qualquer coisa que não seja a minha almofada e os meus lençóis de polar que o Super Marido tanto detesta mas tem gramado por causa do meu distúrbio na regulação da temperatura, que piorou com as hormonas à solta.

Os górmitos, que vocês conhecem regularmente por vómitos ou, de forma mais pomposa, chamar pelo gregório, amainaram. Mas não me deixam de vez. De vez em quando lá me assalta umas vontades ferozes e lá tenho que me abraçar, sem qualquer doçura, à minha querida sanita. Da última vez foi de tal modo, que quando me olhei ao espelho fiquei assustada: parecia que tinha andado a gritar por todo o Estádio de Alvalade, a plenos pulmões, como da última vez que o Sporting foi campeão. Tinha esta carinha laroca que Deus me deu e os meus queridos Paizinhos tanto contribuíram cheia de petéquias. Parecia que tinha levado umas pêras à volta dos olhos, tal não foi o esforço ao “gritar” para dentro da sanita. Houve alturas que pensei que me fosse sair o estômago e outros apêndices, mas não.
As digestões já não se fazem com facilidade.
AS caimbras têm-me dado cabo das manhãs e ainda não descobri o segredo para acabar com elas.
Durmo muito, mas isso sempre fiz, por isso ninguém nota a diferença.
Fico a jibóiar pelos sofás, mas como também sempre o fiz, também ninguém nota a diferença.
Mas o crescimento é notório. E não tenho tirado fotos à barriga porque as pilhas pifaram e ainda não tive tempo para ir comprar outras.
Não sei se sinto a criança ou não. Passei-me um atestado de estupidez e decidi esquecer-me das sensações de como foi e não me consigo lembrar se era assim ou não. Ou então é o mecanismo de defesa sempre a inventar alguma coisa para ficar preocupada. Por isso não sei se tenho gazes ou se é a criança a mexer.
Ainda nos falta muita coisa. Mas também já temos muitas outras.
Agradeço a quem nos deu prendinhas para o Bernardo.
E sim, também teve prendas na árvore de Natal.

Hoje ouvi o batimento daquele coração ainda tão minúsculo mas que já nos enche a casa, a alma e as vidas de Amor.
Palpita-me que serás teimoso ou então, muito brincalhão…
Chegámos às 18 semanas.
Setúbal, 7 de Janeiro de 2010

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