21 janeiro 2010

OS NÓS DA NOSSA VIDA

O tempo que me consome e me devora todos os dias. As horas não me chegam e tu, que agora estás quase sempre lá, dizes-me ao ouvido; "estás feliz?", e eu, silenciosamente, com os olhos nos teus, respondo-te com o coração na boca e o peito a explodir do que partilho contigo. "Tão mais que ontem, tão menos que amanhã". Um verdadeiro cliché. Mas cheio de verdades que só nós sabemos serem nossas. As palavras faltam-me. É verdade. As tristezas deram lugar a tantas outras alegrias, tão mais preenchidas de vida e cheias de nós. Nós, os verdadeiros eu e tu, acompanhados dos eles que vieram também de nós. E os nós, também esses, que levávamos a vida a desatar, sem nunca chegar a lado nenhum. Agora levo os dias e em especial as noites, a percorrer esses nós, reforçando-os um a um, certificando-me que eles estão bem amarrados e sem o leve indício de se desatarem. De nos desatarem.
P.S. - Sei que te digo quase todos os dias, mas amo-te nunca é demais, pois não?
Setúbal, 21 de Janeiro de 2010

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