02 setembro 2006


Hoje não me vens tu resgatar do medo e do ódio que grassa na minha vida, no meu coração, na minha consciência, nos meus sonhos, nos meus pesadelos e na minha ilusão.
Nas minhas esperanças.
Hoje abandonaste-me, ou abandonei-te, definitivamente. Fechamos uma porta que à muito mantínhamos aberta para a eventualidade das agressões subirem um grau acima e termos sempre uma hipótese de fuga em aberto.
Hoje não te dei os meus melhores beijos.
Mas deixei-te plantado, no coração, os meus piores ódios.
As minhas maiores raivas.
Partilhei-as contigo, rasgadas de dor e de ternuras partidas.
Hoje quebrei-me.
Deixei-te quebrado.
Mas de que me vale isso se também não me sai inteira?

01.09.2006

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