10 setembro 2006


Hoje ouvi a tua voz.
Hoje falei contigo ao telefone.
E sei pela lógica de quem te conhece, aparentemente de forma tão superficial, que não darás o primeiro passo.
Sei que não me tentarás jamais dar a mão. Tocar com um dedo que seja. Nem o roçarás por mim.
Assim, como quem o faz sem querer.
Mas oiço a tua voz. E não deixo de sonhar.
A minha alma quase inteira fica dependurada da lua das tuas palavras. Do teu estado de espírito. Do teu sorriso que adivinho do outro lado do telemóvel.
E nunca me ligas. E nunca me respondes.
Não sei se alguma vez pensaste em mim de alguma forma que seja.
Mas hoje ouvi a tua voz. E não pude deixar de pensar que sim, que tenho saudades de pensar em ti e de sonhar com sonhos impossíveis que nunca se concretizam.

18.08.2006

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