05 setembro 2006


Perdi a esperança de te encontrar as pegadas na nossa praia.
Deixei de falar. Deixei de sorrir. Deixei de ser feliz. Deixei de sonhar. Deixei de me iludir. Deixei de me pintar. Deixei de me pentear.
Estive à espera que tu voltasses.
Primeiro, cheia de calma.
Depois usei de todos os meus subterfúgios… mas nenhum surtiu efeito…
Descobri que a espera não me levou a lado nenhum.
Fez-te ficar cada dia mais ausente da minha vida, da minha presença até não ser mais que uma ténue lembrança dos teus pensamentos mais vagos e enevoados.
Até não ser nada mais.
E um dia olhei e não tinha já a esperança.
E vagueei pelo areal da nossa praia.
E já nem as tuas pegadas me levam a ti.
Elas já não existem.

2.08.2006

4 comentários:

Anónimo disse...

Procura. Não pares nunca de procurar. Por vezes o mar devolve-nos aquilo que parece que já nos foi tirado. Procura. Não pares de procurar.

mario leal disse...

Sei o que é procurar, sei o que é esperar,nunca desistas de procurar, um dia hás-de encontar,havemos de encontar,só não sabemos é quando e .onde

algevo disse...

Ando um pouco cansada...mas voltarei a continuar a espera, a busca. Aguardando o tempo do regresso. Obrigado.

Beijos a todos
I.

Anónimo disse...

Vamos acreditar no dia de amanhã e na possibilidade de este nos trazer alguém que possa fazer esquecer de vez aquele alguém d passado que segundo o poema ainda se procura...
Beijos