22 julho 2007


Deitei ao mar todas as lágrimas salgadas, as mais salgadas e as mais sofridas para que ele tivesse pena de mim e me devolvesse o teu amor, por inteiro, para que elas se me secassem e o sorriso me voltasse a bailar sobre a face. Mas ele não as quis e depositou-mas aos pés. Prefere-te a ti. Ao amor que um dia tiveste por mim. Ao carinho que me devotaste nas noites quentes de Agosto. Aos abraços que me entregaste nas noites frias de Janeiro. Às palavras sussurradas em meses frios e nos dias quentes. Divago todos os dias ao entardecer por ali, na beira-mar, mas ainda assim não te vislumbro sequer. E isso faz-me doer o coração. Embora a tua lembrança me encha ainda as recordações já o espaço vazio entre os meus braços começa a pesar-me e a doer-me nas mãos, que continuam a carregar o peso do amor que ainda sinto por ti. A solidão enche-me mais que o maior amor que um poderás ter sentido por mim. E a falta que me fazes, nos gestos em que te sonho, esvazia-me mais que tudo nesta vida.

20.07.2007

2 comentários:

João Carlos Carranca disse...

bonito sim senhor...

algevo disse...

Meu muito querido Amigo....

Bonita é a companhia que sempre me fazes.

Beijos

I.