05 julho 2007


Olho para nós. Como se estivesse à distancia, e não aqui, mesmo ao teu lado. A nossa aparência é a de uma feira desactivada, melhor, abandonada. Tudo tem o aspecto do que não é cuidado, muito tempo depois, as cadeiras despedaçadas, as ervas a crescerem por entre todos os lugares, por entre aqueles em que nos amamos e também naqueles em que não chegámos a ter tempo de nos tocarmos. A roda gigante jaz ali, dependurada, tão vazia que dá dó. E ao longe quase que conseguimos ouvir as risadas que um dia ecoaram para fora das nossas bocas. Mas agora resta apenas o silêncio. Nem tão pouco as pegadas ficam marcadas por entre a terra que nos rodeia. Nem as minhas, nem as tuas, nem as nossas. Os passos vazios, os silêncios que não ecoam, o vazio do tanque de água onde atiramos moedas a pedir para sermos felizes para sempre. Um ao lado do outro.

14.06.2007

2 comentários:

João Carlos Carranca disse...

Caté q'enfim se acabram as férias. Eu estva a ler mais o quê?
Fazes falta

algevo disse...

Meu muito querido Jota!!!

Não faço nada!!!

Mas senti, muito, a falta de te ler... todos os dias! Tem sido uma maratona pôr-te em dia agora...

Beijos grandes.