24 julho 2007


Sabes bem o quanto te amo. Sabes isso tão bem, como sabes de antemão que o dia nasce sempre, todos os dias, mesmo que em algum lado alguém esteja a morrer de Amor. Mesmo assim, nos dias enublados, naqueles em que o sol não se deixa ver, ou naqueles em que o frio é tanto que os ossos se recusam a levar-te, ou ainda mais, naqueles em que o sol te aquece tanto ao ponto de te secar o ar que pretendes respirar, mesmo nesses dias sabes que te amo. Porquê? Porque eu sou tua. Sempre fui. Sempre serei. Mesmo quando estiver nos braços de outro, fazendo de conta que são os teus, mesmo aí, serei sempre tua. Mesmo nos dias em que farei de conta que te oiço o riso das aves fingidas a sobrevoar o mar em voos rasantes, mesmo nos dias em que farei de conta que são os teus braços que me enlaçam na cama, na praia, no bar, no passeio que dou ao longo do mar ao final do dia para me certificar que a linha lá longe do horizonte continua a parecer-me plana. E aí saberei sempre que um pedaço teu, um dia, por algum instante, foi meu. Pelo menos nesse segundo que me leva a abrir a caixa onde guardei o meu mais lindo sonho. A nossa vida tão efémera.

24.07.2007

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