08 julho 2007


Leva-me pela mão. Não apenas esta noite, mas o resto dos nossos dias. Leva-me e mostra-me o caminho para o teu coração. Mostra-me as ruas e as vielas onde nos podemos amar. Ser felizes. Não me deixes ficar aqui, assim, tão sozinha, e tão deixada só. Abandonada. Sabes que quando me dás a mão me fazes sentir cheia de vida. E de sorrisos que em tempos ainda podias ver com o teu olhar de raio fulminante com que me vias toda por dentro. Hoje apenas vês as minhas lágrimas, os meus dias cheios de tristeza, não sabes como me resgatar desse mundo, onde me resguardei para ti mas também de ti. E, depois daquele dia em que dissemos adeus um ao outro, não voltámos a dizer um verdadeiro olá. Já não nos encontramos, já não nos vemos realmente. Um porque não quer, outro porque não deixa – umas vezes és tu, outras sou eu. Dentro daquela caixa, que guardo dos tempos em que me fingia ser sempre alegre, mesmo chorando chuvas torrenciais por dentro, dentro dessa caixa, guardei os nossos melhores beijos. Faltam-me lá as palavras. Mas essas nunca foram ditas. Aguardo por elas.

Até lá, aqui, na nossa praia.

8.07.2007

Sem comentários: