13 setembro 2006


Longe daqui foste um anjo que me levou nos meus melhores idílios.
Longe daqui foste o ar que me fez respirar.
Longe daqui foste quem me deu as noites tranquilas nos braços dos anjos e do teu amor, em horas em que te entregavas quase todo, e em que eras quase todo meu.
Apenas quase todo. E me fazias quase sentir, quase toda amada, quase toda apenas por ti.
E apenas, quase toda, me fingia sentir toda feliz.
E longe daqui fizeste-me sonhar nas noites em que chegavas e tomavas-me por tua e cuidavas-me pelas noites adentro e me fazias tua, só as vezes sem conta, que queríamos, e, em que me protegias as noites e os sonhos dos gigantes de pernas longas que tantas vezes me vêem buscar.
Mas agora afugentaste-os de vez.
Perdi-os.
Mas tu foste com eles.
Já não tens do que me salvar.
E por isso foste.
Salva-me de mim própria.
E volta.

08.09.2006

2 comentários:

Anónimo disse...

Cada vez que leio estes poemas...me apercebo do talento que têm por dentro e tb do sofrimento. Fico maravilhada por estes poemas tão lindos.
como sabe, estou aqui para te "salvar"...caso seja necessário.
Um beijo

algevo disse...

Amiga... Amiga... é mesmo caso para dizer amiga! Ultimamente os meus amigos têm-me surgido dos sitios mais inesperados e especialmente de muito longe. Mas saber que vocês estão por aí.. é suficiente para acreditar que existe sempre céu azul mesmo que não o veja sempre!!!
Mil beijos para os amigos.
Mil beijos para ti linda mamã Natália...
:::))))))

I.