26 abril 2007


És uma nunvem nas minhas mãos. Não no sentido do suave e ligeiro... mas no sentido mais magoado. Quero mexer-te e não consigo sequer tocar-te. Nem te sentiria, mesmo que assim o quisesse... Foges-me por entre os dedos. És ainda menos que a areia. Essa ainda é palpavel. Tu nem isso és e nem te deixarias ser, mesmo que quisesses. Por vezes és apenas ausente num céu azul. Outras incerto num céu todo cinzento. Outras ainda és puro de brancura num mar de azul. Mas podes também ser negro e assustador. Carregado. Mas nunca sentido. Mesmo que assim ambos o quisessemos.
Onde estamos? Saberemos alguma vez?
26.04.2007

2 comentários:

João Carlos Carranca disse...

Nuvem, vento. Intocáveis e 'sentíveis'.

algevo disse...

É sempre assim?

Beijos querido Jota.

I.