02 maio 2007

Amor e uma Cabana


Não te posso dizer mais nada. Já tentei esquecer-te. Já tentei viver. Já tentei passar ao largo. Sem ti. Mas acabo sempre por voltar ao ponto de partida. Costumava dizer que a vida é como um anel… redondo, e por mais voltas que se dê acabamos sempre por acabar (ou começar) no mesmo ponto. Não consegues compreender que eu cresci. Não consegues perceber como se cresce mas se mantêm alguns sonhos inadiáveis. Não consegues perceber que até morrer eu vou ser uma romântica incurável. E vou exigir sempre o mesmo. Não preciso que me enchas de lembranças palpáveis e valiosíssimas da tua presença na minha vida. Mas preciso sim do teu amor inesgotável, do teu amor sempre cheio, e que estejas sempre presente, que me faças o peito encher-se de flores, e a boca do estômago fechar-se, e a vista turvar-se, e o coração descompassar-se. Compreendes o que te digo? Agora diz-me… disse-te alguma coisa de diferente do que dizia à uma década atrás? Naturalmente já compreendo que não viveremos de um amor e uma cabana. Mas continuo a precisar deles na minha vida. Do amor e da cabana.

29.04.2007

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