15 maio 2007

Amores Inacabados


É definitivo. É certo. A vida deu-te o amor que o Destino não te fez sentir por mim. Por mais que eu te amasse de todo o meu coração, aceitando-te com todos os defeitos e feitios, mesmo aqueles que não me agradavam, ainda assim não foi suficiente. Não te quis mudar. E porque achei que não serias tu, deixei-te ir, mesmo sabendo de antemão que esse caminho que seguias levar-te-ia para longe de mim. E nesse dia, soube que por mais que deitasse as minhas cartas, e que por mais que acendesse velas aos meus santos de devoção, e por mais que fosse à missa de todos os domingos, e que comungasse todas as madrugadas os pecados que cometi e até aqueles que inventei, jamais a minha vontade seria suficiente para te trazer de volta para mim. Mas é certo, que se te foste da minha vida, que seja então para sempre, que essa seja a tua vontade de agora em diante, e, que não voltes quando a vida te atirar ao chão e não tiveres aonde nem a quem te segurares. Eu já chorei quase todas as lágrimas por ti, já percebi, de uma vez por todas, que não voltarás, e se voltares será por pena, de ti ou de mim, mas também isso seria indiferente. Sei que ambos olharemos um dia para trás, não vale a pena dizermos um ao outro que não o faremos. Um dia por outro sentiremos a falta daquilo que tínhamos – ou imaginámos – ter nos braços um do outro. Tentei. Mas se todo o meu amor, devoção, dedicação e ternura não foram suficientes para te fazer completamente feliz e realizado será melhor, saíres e depressa, para o tempo passar e a dor amainar e tornar-se apenas uma sensação de ligeira saudade de um passado que ambos imaginámos à medida dos sonhos do outro. E que sejas feliz. Mas não voltes para me deixares de novo quando estiveres reconstruído e sarado das feridas que a vida te dá. Mas que sejas feliz. E que ames da mesma forma que um dia te amei, com a mesma paixão, com a mesma loucura, e que encontres um grande Amor. Mas não voltes quando deixares de ser feliz. Vai mas deixa-me de vez. Mas sê feliz.

11.05.2007

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