31 maio 2007


As nossas conversas não têm fim. São palavras sem retorno, ou serão apenas os sentimentos que não retornam a nós? Por mais que peça para sejas meu, para que me ames na totalidade, de tudo aquilo que eu sou, ainda assim tu não te entregas. Guardei os teus beijos no fundo dos meus bolsos. Guardei as tuas carícias no fundo das minhas costas para que te sinta roçar-me todos os dias sempre que caminho ou simplesmente quando me mexo. Sabes que te digo adeus todos os dias. Mas também sabes que um dia esse adeus será então definitivo e já não existirá mão, beijo nem carícia nem toque que me faça sequer olhar para trás e rever a tua sombra altiva a espraiar-se pelo chão da areia da nossa praia. E aí serás tu a pedir aos céus que eu volte para trás, que eu te volte a amar. Mas será tarde. Já não me terás. Nem aí, nem aqui, nem em lado nenhum porque já terei partido.

28.05.2007

5 comentários:

João Carlos Carranca disse...
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João Carlos Carranca disse...

Todas as conversas têm fim, todas as palavras são ouvidas e logo desaparecem no ar.
Mas depois de uma conversa logo outra nasce.
Depois de uma palavra logo outra se ouve.
bjs

Unknown disse...

Quando não são ditas palavras,por vezes,tem-se a melhor das conversas;a mais forte,a que não teve a necessidade de terminar.

algevo disse...

Querido Jota,

Como sempre entendes-me.

E as palavras são tantas que não vale a pena esperar que saiam apenas de uma só boca.

Ontem passei o dia a brincar... afinal foi o dia da criança, né!!!

Beijos e beijos.

I.

algevo disse...

Alxandre,

Dou-te razão, mas não toda. Por vezs preciso ouvir palavras. Ouvi-las fortalece-me e ilumina-me num caminho tantas vezes sinuoso.

Mas não são sempre necessárias.

E aquelas conversas que podem sempre continuar,ou que não vale a pena acabar, nada que um bom silêncio.

Mas o barulho das palavras por vezes também é necessário.

Mas não o é sempre.

O dificil é distinguir um do outro.

Beijo