22 setembro 2007



De quando em vez tomamos consciência da distancia entre nós, embora seja certo que tomamos como certo a presença do outro, na cama, na mesa no sofá, apercebemo-nos que o fim pode estar eminente a qualquer altura, porque caminhamos desde sempre na beira de um precipício. E de quando em vez gritamos um ao outro palavras que nos querem fazer cair de uma vez por todas, pois nenhum de nós suporta esta sensação de precariedade em que vivemos ambos e acabamos por nos arrastar inconsequentemente, como se algum dia não fossemos pagar uma factura elevada também por isto. Apetece-me gritar-te até te rasgar a alma e a vida ao meio. Mas ainda assim não me conseguirias ver toda eu, como sou na realidade.

19.09.2007

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