08 setembro 2007



Medi todos os milímetros que medeiam a tua boca. De um canto ao outro. Sei ao que sabem, sei que toque têm, sei todas as formas dos teus sorrisos, das tuas amarguras, tristezas e sabores. Cada prega, ruga, sinal, pele e pêlo, reconheço-os a todos e quero-os de novo na minha boca, ao alcance da minha mão, para que reconheça a tua pele como sua, como se te tratasses apenas de uma extensão de mim.

Nem sempre o coração bate acelerado. Nem sempre fecho os olhos quando finges abraçar-me com a cabeça noutro lado. Mas por vezes ainda fingimos.

5.09.2007

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