17 setembro 2007


Quando era jovem e inconsequente pensei que as madrugadas seriam sempre minhas. E pensei ter por certo as gargalhadas, os gestos de carinho, os sentidos alerta e a alma rasgada de amor e de vida e de ti e do mundo, sem precisar morrer por ter chegado ao fim de nós. Afinal descobri que os dias não passam de milhares de relógios que não param, e os dias não são nossos, nem teus, muito menos meus. E fiquei assim, dilacerada, por ter perdido o princípio, o meio e só ter dado por falta dele quando cheguei ao fim, assim, dolorosamente vergada e morta sem realmente ter tido o que tinha tomado por certo na vida.

5.09.2007

Sem comentários: