17 setembro 2007



Hoje vou olhar para o horizonte. E vou esperar ainda hoje por ti. Embora saiba que não regressas e que me tenhas dado muito mais do que aquilo que posso saber, e embora saiba que já não devo esperar por ti, ainda assim hoje vou olhar para o longe e vou esperar ver a tua imagem recortada lá ao longe a caminhar em direcção a mim. E vou aguardar regressar ao teu olhar, ao fim dele, e ver-me de novo nos teus olhos e aí sim, sem dúvida reencontrar-me na ponta dos teus dedos, depois no teu corpo e no fim, sempre no fim, logo a seguir à tua boca, na tua alma. Aquela que vejo reflectida nos teus olhos mesmo ali por cima do meu reflexo. Hoje vou esperar por ti e vou olhar o horizonte, sem dúvida, hoje vou fazê-lo porque hoje sei que o tempo faz parte de mim, de nós, como um verbo que não é conjugado - nem - no passado e apenas no presente. Nem sequer no futuro. Talvez hoje eu saiba que não venhas, também, mas, talvez o sonho me traga o teu olhar de novo para me reencontrar.

5.09.2007

2 comentários:

João Carlos Carranca disse...

Passei por aqui.
Vi-te à espera e a teu lado me sentei e contigo esperei
bjs

algevo disse...

Jota, meu querido Amigo, assim a espera torna-se, sem dúvida, infinitamente mais fácil. Com a tua companhia.

Beijos

I.