17 janeiro 2007


Já não sou dona do teu céu. Hoje sei que nunca o fui. Pensei, por vezes, que a vida também me sorria, e, que o sol também me brilhava. Mas hoje sei que nunca chegaste. Apenas tive a tua mão sobre a minha. Mas nunca quando a precisei. Se ao menos olhasses para mim agora e me visses assim, vazia, vazia de tudo. Até de ti. Apenas um espaço vazio a aguardar a raiva latente do abandono e da tua fuga desenfreada em busca do teu ideal. Não me resta senão esperar. Por ti. Por ti que nunca me chegaste realmente, que nunca aqui estiveste ao meu lado. Tu que nunca acreditaste e que me abandonaste sem partilhar sequer as lágrimas magoadas. Nem a memória da tua cara me lava do sentimento abandonado e das lágrimas solitárias sem razões aparentes. E sem razões escondidas também. Agora que me destruíste o ego, o amor próprio podes seguir, só, no teu trilho. No caminho que escolheste apenas para ti.

4.01.2007

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