04 janeiro 2007


Quero-te de volta à minha vida. Não a ti que já tive. Não a ti que já amei. Não a ti que já te chorei. Não aqueles de quem já me despedi. Quero sim de novo o Amor. Aquele que me despedaça a vida, a alma, o coração, e me faz respirar e me faz sentir viva. E quando posso ser feliz. Feliz, não meia feliz, não meia contente, não desinfeliz. Não algo que fica no meio, mas quero os extremos, quero-te de volta à minha vida, de uma vez, só de uma assentada. Faz-me sentir viva, rasga-me a carne, a vida e a alma, mas faz-me, dá-me, sente-me, porque também vou amar, e vou amar tudo no todo, sem pensar, como já fiz no passado, não um amor antigo. Um amor novo, um a quem me posso entregar toda de novo. E reerguer-me ao seu lado, deitar-me abaixo e voltar a fazer-me as vezes necessárias, mas fazer-me uma nova mulher. Ao lado de um novo amor. De um novo, que não me olhe para trás, para os passados obscuros e para os iluminados, que me sente e me quer apenas pelo que sou e pelo que posso vir a ser ao seu lado. Não me sonha como uma extensão daquilo que quer, mas aceita-me como uma extensão que se constrói todos os dias à medida do que ambos queremos. E o que não temos força para aceitar, que tenhamos força para transformar em algo que faz parte de nós, apenas. Porque não mudamos o que amamos. Amamos pelo que já era. E não amamos um sonho projectado por nós.

Ou será que o Amor não passa disso mesmo?

23.12.2006

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