05 janeiro 2007


Hoje, se calhar só hoje. Vou crescer e ser adulta. Não te vou cobrar o resto da vida o que não partilhámos, o que não foi nosso. A ternura que perdemos, deitada ao mar, no espaço que restava entre nós. As lágrimas que chorei vou deitá-las à terra de uma vez por todas. Pode ser que fortifiquem e que façam crescer uma árvore. Com raízes daquelas que nunca nos uniram. Não vale a pena continuar a magoar-te e querer-te atingir pelo mal que me fizeste, coisa que nunca reconheceste como tal. O meu mal nem sempre será em igualdade, de tamanho, para ti uma maldade.
Hoje vou-me deixar ficar para trás.

28.12.2006

5 comentários:

João Carlos Carranca disse...

Não, não deixes ficar nada para trás. Deixa, simplesmente. E isso de deitar tudo ao mar não pode ser. Ele é as nossas lágrimas, 70% do nosso peso, 2/3 deste planeta.
Assina o anónimo identificado lol

Polo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Polo disse...

Olá!
Passei por aqui para lhe desejar um BOM ANO com toda a felicidade a que tem direito e para lhe lembrar que só temos uma vida e como tal devemos tentar vivê-la em plenitude em cada dia que passa.
Desejo que consiga ultrapassar os seus momentos menos bons e que a sua vida continue a ser uma "bonita história" a registar.
Parabéns pelo seu blog. Está excelente.
Um abraço

algevo disse...

jota,
esses 70% de água que trago por baixo da minha pele nalguns dias torna-se demasiado espesso, demasiado terra, e dificil de suportar.

Alguns dias.

Outros não.

Beijos e beijos.

I.

algevo disse...

Polo,

obrigada. Uma palavra tão simples que encerra tanto. É viver um dia de cada vez, para perceber realmente a tal plenitude.

Beijo

I.