02 agosto 2007


Julgas, por algum momento, saber distinguir, realmente, o que é necessário do que é preciso? Julgas, por algum escasso momento de lucidez, ter a verdade perante os teus olhos e distinguir o segredo dos deuses para nos fazermos realmente felizes? O único segredo que soube desvendar até agora foi que temos de ir desbravando caminho, todos os dias da nossa vida, até chegarmos onde queremos, para concluirmos logo de seguida que afinal queremos ir até mais além. E os desejos são os mesmos, mas queremos sempre mais. Os desejos de ter. Sabes o que eu quero ter? Apenas uma grande família feliz. Apenas filhos sorridentes. Apenas filhos que chegam e têm braços abertos à sua espera. Quero ter apenas a certeza de ter a paciência e a ternura de dar colo às 3 horas da manhã quando a cama está cheia do meu sono. Quero ter espaço por entre os meus braços e a carne no meu corpo que me deixe lugar para todos os meus amores. E quero que eles saibam que aqui podem sempre voltar, pois ali têm sempre uma fonte inesgotável de Amor para o seu crescimento. Mas tu ficas confuso, entre a ganância e o desejo. É aí, precisamente, que para mim, reside a diferença entre sonhar e desesperar por ter tudo na vida. Eu tenho – quase – tudo o que preciso. O que falta, ou, eu julgo faltar, o tempo trará, fruto da devoção e do carinho, da dedicação e do tempo dispendido. Se não trouxer saberei, que fiz tudo o que estava ao meu alcance para o ter tido. Apenas o que realmente é importante.

2.08.2007

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