07 julho 2006


Chorando lágrimas
Ao vento que bule
Gritando palavras
À trovoada que ruge
Sussurrando ternuras
A ti que me envolves
Embalas-me nas dores
Feias agruras da vida
Proteges-me da pancada
Terror nocturno de criança
Cobres-me o corpo dorido
Amainas as suas chagas
Mas partes quando eu grito
Foges quando eu gesticulo
Acanhas-te quando me fecho
Esvai-se-me a meninice
Inocência perdida
De criança crescida
Em guerrilhas e horrores
Em ternuras e afagos
De tão perdidos
Que são os Amores...

07.12.1993

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