01 julho 2006

Do teu olhar de céu
Apenas me restou
O côncavo das mãos
Onde segredos meus
Resguardei dos ventos
Do teu corpo crescente
Ficou-me na memória
A inércia do abandono
A palavra estrangulada
Num semblante carregado
De odores de fúra
Partiste...
E de ti ficaram-me
Nada mais que as chuvas
Que de ti me purgaram...
Mas não te levaram.

21.08.1994

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