14 julho 2006


Hoje estou num daqueles dias… num daqueles dias em que sinto a tua falta na pele, na boca, no sexo, em todo o lado, mas não te tenho e não te voltarei a ter.
Deixei-te e tu deixaste-me, e isso fez abrir buracos nas nossas almas.
Na minha fê-lo.
Um grande buraco, gigante, que me deixou vazia e sem saber o que me dizer quando sinto a tua falta, e quando sinto a falta do teu corpo na minha cama, da proximidade do teu corpo para to apertar, e dar-te apenas aquilo que ainda é teu, simplesmente não sei o que dizer à minha saudade, quando sinto o desejo a subir pelo meu sexo acima e não me consigo acostumar a não te ter perto de mim.
Nem longe.
E sinto-me sozinha, e sinto-me abandonada, e não te tenho, e por mais que pense que assim foi melhor para ambos sei que cá dentro sinto demasiado a tua falta, e que me dói é demais, e apenas, tu não sentires a minha falta e andares tão bem e feliz apesar da minha ausência da tua vida.
E continuas a magoar-me, sem as tuas palavras, sem o teu desejo, sem a tua ausência.
Afinal dói na mesma. E o vazio fica sempre, e volta a saudade e continuo sem saber o que dizer às saudades, ao meu corpo que te reclama, que quer o teu corpo de novo, quer a tua boca, quer o teu desejo no presente, quer ainda assim a tua ausência, quer ainda assim os teus silêncios, porque isso é melhor do que nada.
Tudo é melhor do que o fim.
Tudo é melhor do que o buraco que tenho na minha alma, e que me deixa sem saber respirar, sem saber viver, sem saber olhar o mar que nos uniu.
Quando o vês, o mar, a bater na areia, ainda pensas algum pedacinho de céu em mim?

10.05.2006



3 comentários:

algevo disse...

Até onde devemos levar a perfeita loucura de uma paixão insana...arrastá-la para lá do fim?

Anónimo disse...

Nem tudo é pior do que o fim... Por vezes o fim de uma coisa significa o início de outra bem melhor...

algevo disse...

Mas para que o inicio dessa outra bem melhor consiga entrar nas nossas vidas, nós, aqueles que não queremos aceitar o fim... estejamos dispostos a vivê-la... e nem sempre isso sucede.
Mas quando isso sucede... é um novo mundo que se nos deita aos pés. E só por isso vale a pena termos esperança e manter-mo-nos esperançosos.