13 julho 2006


Refúgio

Aninhar-me nos teus braços
Sentir o teu calor
Enrolar-me no teu corpo
Cheirando-te os odores
Viajar na tua mente sequiosa
Oferecer-te novas sensações
Criar-te o desejo
E mantê-lo tal e qual
Como criança -
Criada a favos de mel
Roçar a tua pele na minha
Percorrer os teus caminhos
De que os céus são feitos
Adaptá-los ao teu corpo
Deleitá-lo com a frieza do mar
Reaquecê-lo com a fogosidade do sol
Deitados na orla maritíma
Com o grito das gaivotas
Entrego-me a ti
Meu cavaleiro andante
Montado num cavalo de pau
Donde desces para me abraçares
E para que eu possa chorar livremente
Dás-me a tua força imaginária
E eu passo de um sonho
Para a ilusão
E sinto-te tão perto de mim
Agora nesta loucura divina
E tu regressas à nossa cabana
Escondida por entre montes e serras
Rodeada de verdes
Coberta de azuis
E eu... eu...
Eu reabro os olhos
E volto mais uma vez

Ao mundo real...

06.08.1994

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