31 julho 2006


Hoje vou fugir para longe de ti e de todos.
Vou fugir para longe daqui, dali, dalém e de todo o lado.
Hoje fujo para longe de ti, de todos, mas acima de tudo, para longe de mim.
Tento evadir-me, mas a tentativa de fuga, permanente, não passa de uma simples ilusão, pois é em mim que trago a chegada, também.
Fujo, mas levando-me, levo igualmente todas as razões e todos os motivos.
E logo, já estou derrotada à partida.
Evoco os meus deuses, antigos e recentes, evoco os meus santos, as pedras e as velas.
O mar e o céu.
Mas já nem Deus me ouve.

27.07.2006

3 comentários:

algevo disse...

Para esclarecimento de todos e mais alguns, a resposta a alguns e mails que tenho recebido, venho esclarecer que nem tudo o que escrevo é sentido directamente por mim, ou vivido na minha pessoa, embora de uma forma ou de outra tudo tenha sempre algo da minha própria estória... mas não... não leiam tudo o que aqui vem escrito completamente à letra, mas por uma e outras podem me retirar quase sempre o estado de espirito...

P.S.: Aqui posso fazer-me sempre mais frágil do que sou na realidade, ou apenas mostrar uma face que poucos julgam existir.
Da sempre vossa.

Anónimo disse...

Não é a tua biografia.
Apenas pedaços da também tua história.
Mas és assim tão frágil? És assim tão amante?

algevo disse...

Sou igual a todas as outras pessoas, diferente e igual a todas.
Frágil e forte. Amante e distante.
Dependendo da pessoa.Do dia. Da hora. Do estado de espirito.