25 outubro 2006


Na realidade não foi nada que já não soubesse que acabarias por fazer. Depois do teu grande inferno ter terminado, esqueces-te de mim, fechaste-me numa caixa, longe do teu coração, da tua alma, da tua vida e da tua vista.
O choque maior foi o não me teres procurado. Foi nada teres dito. Uma palavra. Uma pequena palavra. Apenas isso. Mas nada. Estiveste apenas demasiado ocupado, demasiado afastado para o poderes fazer. Ditaste o fim de uma era. A era em que eu, mesmo sabendo que a vida não são rosas me esforçava por acreditar que um dia voltaria a sonhar. Afinal os adultos têm razão. A vida não é um sonho. E eu não sou a cinderela. Tu és um desses adultos. Fizeste-me crescer abruptamente. Mas cortaste-me as pernas e os pés para poder continuar a caminhar. Seguir em frente, descobrir novos sonhos, novos ideais, novas raízes para me segurar e poder continuar em pé.

O pior é não me arrepender.

11.10.2006

4 comentários:

Maria disse...

E ainda bem que não te arrependes,o que tu já viveste ninguém te tira, as boas recordações guardam-se no coração onde nada a pode apagar,as más deita-as ao vento...

As raízes irão sobreviver a esse periodo de seca, irão arranjar terreno fértil onde se agarrar e poder crescer e dar novos ramos novos frutos...só basta esperar e esperar...

Beijo enorme e mta força,gostei deste cantinho

FF

algevo disse...

:)
um sorriso corado... obrigado...

I.

AnaP disse...

Antes do mau, houve o bom. E não nos podemos arrepender do bom. Não te arrependas de ter sido feliz, nem que fosse por um momentinho curto. Beijinhos!

algevo disse...

anap:
Não me arrependo. Arrependo mais depressa do que não fiz do que aquilo que fiz. O sofrimento faz parte da vida. E do esqeucimento. Nem todos estamos sintonizados. Valeu a pena. Voltarei a senti-lo. De alguma forma. Voltarei.
bj

I.