29 dezembro 2006


Apetece-me fazer amor. Apetece-me muito. Hoje não me apetece dar uma rapidinha. Não me apetece ter uma sessão de sexo despreocupado, nem tão pouco desconhecido, com o objectivo de obter prazer físico simples. Hoje queria ter a minha pele na do meu amor, descobrir-lhe os sabores, os recantos, e atingir o auge do clímax quando lhe descobrir o sítio onde ele guarda o seu cheiro. E banhar-me ali, no local onde ele segrega o mais puro de si. Emergir-me no seu odor e transformar na sua pele, e circular por ali, descobrindo todos os seus pontos G´s, fazendo o seu prazer arrastar-se de forma orgásmica e totalmente irresponsável até me diluir nele. E ser dele. Apenas dele. Tão dele que ele não saberia já onde eu me começo e onde ele se acaba. Tocar-me quando toca na sua pele. Fazer parte dele de tal forma que me vê quando fecha os olhos porque estou por dentro das suas pálpebras. Tocar-me quando põe a mão debaixo do rosto, lavar-me o rosto quando tira atira água à cara de manhã. Ver-me reflectida no espelho enquanto escova os dentes. E quando eu acordar, intumescida e abrasadora, porque a manhã começa sempre cheia de amor, quero que tu vás atrás de mim, e me deixes seguir-te o corpo e o cheiro e fazer amor contigo ainda a dormir, porque me sabes e me conheces como tua no teu corpo.

Hoje apetece-me fazer amor.

Hoje apetece-me amar.

23.12.2006

2 comentários:

AnaP disse...

Há dias assim... compreendo-te tão bem! Beijinhos!

algevo disse...

Olá minha linda anap, alguns dias são assim.
Só já não sei quais os melhores, os que se deseja ser amada ou que se deseja apenas que tudo termine definitvamente.

São dias. Todos passam.

Beijos

I.