19 dezembro 2006

Rapariguinha Gorda de Sonhos Leves


Seria um perpétuo combate,
seria uma máquina de Amor,
a rapariguinha gorda
de sonhos leves -
Ela, como rolava nos sótãos,
com armadas de anjos
perdidos & achados.
E seus corações eram de tanto
a chuva
que mais não teriam a fúria
de outra vez beijar o sol.
A rapariguinha gorda
de sonhos emprestados
vencia-lhes batalhas de Verão,
com restos de amor
nos lábios,
e o céu na palma da mão.

In " A Oeste deste Céu" de João de Mancelos

2 comentários:

João Carlos Carranca disse...

O Céu está sempre na palma da nossa mão. às vezes temos é medo de a fechar.
Gosto de passar por aqui.

algevo disse...

jota,

E não sabes o quanto gosto de te saber por aqui. muito. mesmo muito.

nem sempre vejo o Céu na palma da minha mão. Mas por vezes...sinto-o. vejo-o azul no céu do meu coração.

Beijo. Grande.

I.