14 dezembro 2006


Sinto-me furiosamente mansa. Sei que não parece uma conjugação correcta de ambas as palavras. Mas é assim que me sinto. Começo a aceitar que não terei tudo o que amo. Já aceitei como facto previsto que não terei tudo o que amo ou pretendo amar. Que todo este amor furioso que me enche a alma, a vida, o corpo e a mente se perderão algures numa terra árida, num caminho para o qual apenas eu conhecerei as indicações. E em todas as curvas e derrapagens, alucinações e regressos, solidões e fingimentos acabarei por me perder de tudo o que apenas tive em mim, puro e em marfim. A tua imagem. A do amor mais puro que trago em mim.

03.12.2006

1 comentário:

algevo disse...

Kika, nem sempre podemos ter aquilo que amamos. EMas podemos amar o que temos. Por completo. Mas nem sempre o que se tem nos completa por completo...

...tu tens sorte... eu tenho, mas a tenho toda, ainda...

Beijos.

I.